Leia artigo do editor-chefe da revista multidisciplinar Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC),  Alexander W. A. Kellner:

Como se diz popularmente, o ano somente se inicia após o carnaval. Depois da ressaca decorrente dos infelizes acontecimentos de 8 de janeiro, vieram as boas novidades para a ciência, como o tão pleiteado aumento das bolsas para alunos e diversas outras ações importantes por parte dos nossos governantes. De quebra, veio a importante vitória da Imperatriz Leopoldinense, resgatando a cultura popular (como várias outras belas escolas fizeram, incluindo a vice-campeã Viradouro), quebrando um jejum de mais de duas décadas!

Agora, vamos voltar ao nosso trabalho nos Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC), que completa “apenas” 95 anos! Nesse aspecto, é a mais antiga revista científica em circulação no nosso país, sendo que desde 1929 tem publicado o resultado obtido por cientistas nacionais e do exterior.

É importante ressaltar que, apesar dos enormes desafios impostos para todo o campo científico nos últimos anos, quando os periódicos não foram poupados, a Diretoria da Academia Brasileira de Ciências (ABC) não tem medido esforços para promover ações visando a melhoria constante da revista. 

O número de trabalhos efetivamente publicados tem aumentado bastante, de 140 em 2013 para 439 (fora letters, editoriais e apresentações, um pouco abaixo dos 445 projetados) no ano que passou (2022). Ao total, foram oito fascículos, incluindo alguns especiais como o da Antártica (94 Suppl. 1) e o que apresentou trabalhos sobre o derramamento de óleo na costa do Nordeste (94 Suppl. 2).

Todo o esforço realizado pelos editores que atuam pro bono para os AABC  (hoje são 91) tem trazido importantes resultados, inclusive nos índices bibliométricos da revista, que vem aumentando de forma contínua ao longo dos anos. Apenas a título de exemplo, independente dos corretos problemas apontados com esse tipo de informação (e as dificuldades de manter índices altos), o Índice de Impacto (IF) dos AABC dobrou dos 0.875 apresentados na edição do JCR de 2013, para 1.811 no JCR 2022. E mais: os AABC foram confirmados como Qualis A2 em todas as áreas, um ponto importante para os pesquisadores nacionais.

Ademais, é sempre bom lembrar que os AABC adotaram a publicação continua, não cobram pela publicação (não sei até quando…) e estão disponíveis de forma gratuita na base do SciELO. Também, para “mostrar serviço”, informo que já abrimos três fascículos que contam, no total, com uma dúzia de publicações – número que aumenta toda semana! Sem contar com o esforço realizado na divulgação dos trabalhos através da newsletter da AABC, que é finalizado a cada fechamento de fascículo. Vejam lá as importantes contribuições dos últimos anos publicados na revista – quem sabe não tem um trabalho seu?

Apesar da grande quantidade de submissões, continuamos solicitando manuscritos que produzam impacto destacado nas respectivas áreas. Temos realizado avaliações sobre o conjunto de trabalhos que os AABC têm publicado (vejam os editoriais) para poder ter uma visão mais geral da contribuição desse periódico. Também estamos abertos para propostas de fascículos especiais, que tem sido o “carro-chefe” em termos de índices bibliométricos.

Para finalizar, em nome do corpo editorial dos AABC, posso dizer que estamos animados! Divulguem a revista da Academia Brasileira de Ciências!