Foto: Léo Ramos Chaves

O Acadêmico Pedro Fernando da Costa Vasconcelos (IEC, UEPA) foi convidado a ser um dos cinco integrantes de um comitê da Sociedade Americana de Higiene e Medicina Tropical (ASTMH, sigla em inglês), com mandato de três anos. O referido comitê é responsável por analisar, anualmente, as candidaturas recebidas para Distinguished International Fellow da ASTMH e recomendar à Diretoria até oito indivíduos não-estadunidenses para que recebam o título. A honraria reconhece pesquisadores não-estadunidenses que fizeram contribuições expressivas em alguma área da medicina tropical, saúde global ou higiene.

Pedro Vasconcelos recebeu o título de Distinguished International Fellow em 2018. Outros brasileiros também já receberam o reconhecimento, dentre eles os Acadêmicos Jeffrey Shaw (2017), Rodrigo Correa-Oliveira (2016), Jorge Kalil (2015), Edgar Carvalho (2013), Aldo Ângelo Moreira Lima (2012), Aluizio Prata (1998), Giovanni Gazzinelli (1996) e Zilton de Araujo Andrade (1991), sendo os três últimos já falecidos.

Sobre o homenageado

Pedro Vasconcelos é graduado em medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA), doutorado em medicina e saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e pós-doutorado pela University of Texas Medical Branch, em Galveston, nos Estados Unidos. É médico pesquisador do Instituto Evandro Chagas (IEC) e professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Dirigiu o IEC entre 2014 e 2019 e também o Centro Colaborador da OMS/OPAS para Pesquisa e Referência em Arbovírus, sediado no IEC (1998-2019). Coordenou o Laboratório de Referência Nacional de Dengue, Febre Amarela, Chikungunya, West Nile e outras arboviroses, também sediado no IEC (1998-2019). Atuou como membro de diversos comitês de instituições nacionais e internacionais.

Participou diretamente no Isolamento e caracterização de mais de 10 mil isolados virais e na identificação taxonômica de mais de 100 vírus novos para a ciência. Coordenou a equipe do Instituto Evandro Chagas que demonstrou originalmente ao mundo que o zika vírus causa microcefalia e outras malformações congênitas.

É membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia Paraense de Ciências e da Academia de Medicina do Pará. Recebeu a Ordem do Mérito Médico como comendador e a Ordem Nacional do Mérito Científico, também como comendador, pela Presidência da República (2018). É pesquisador de produtividade do CNPq nível 1A.