Em Assembleia Geral realizada nesta quinta-feira, 20 de janeiro, a Aliança de Organizações Científicas Internacionais (ANSO, na sigla em inglês) escolheu seu novo comitê executivo. A Academia Brasileira de Ciências (ABC) foi uma das organizações eleitas para mandato de dois anos, e será representada pelo seu presidente, Luiz Davidovich.
Fundada em 2018, a ANSO é composta por academias nacionais de ciências, universidades, institutos de pesquisa e outras instituições de ciência e educação de todo o mundo. A ABC é membro-fundadora da aliança, que tem como objetivo enfrentar os desafios científicos da atualidade, como o fortalecimento da ciência no Sul Global por meio de parcerias e cooperação. Dentre as atividades promovidas pela ANSO estão a organização de conferências e workshops internacionais, a elaboração de estudos estratégicos e relatórios e a distribuição de bolsas de estudo e prêmios para estimular pesquisa científica e inovação.
Além da ABC, também estão no novo comitê executivo a Academia de Ciências do Paquistão (PAS), a Academia Húngara de Ciências (MTA), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Universidade Jomo Kenyatta de Agricultura e Tecnologia do Quênia (JKUAT) e o Conselho Científico e Tecnológico da Turquia (TUBITAK). A Academia Chinesa de Ciências (CAS), representada por Chunli Bai, foi reeleita para a presidência da ANSO. As vice-presidências ficarão a cargo da Academia Russa de Ciências (RAS), através de Alexander Sergeev, e da Agência Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Tailândia (NSTDA), representada por Narong Sirilertworakul.
Durante a Assembleia Geral, os integrantes da Aliança aprovaram alterações no estatuto da organização e a entrada de 30 novos membros, entre os quais está a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Foi feito também um balanço da situação atual da organização e das principais atividades desenvolvidas nos últimos dois anos. Na sequência, os membros do novo comitê executivo foram convidados a indicar potenciais prioridades e perspectivas futuras para a ANSO.
Em sua fala, Luiz Davidovich destacou o combate à desigualdade como um foco para atuação da aliança. “Ao mesmo tempo em que desenvolve tecnologias brilhantes como inteligência artificial, computadores quânticos e edição genômica, o mundo enfrenta pobreza, fome, falta de água e um acesso às vacinas extremamente desigual entre os países”, disse Davidovich, complementando que “a palavra-chave é cooperação. A ANSO tem muito a contribuir através do incentivo a jovens pesquisadores e atuando em temas relevantes”.
Além de Luiz Davidovich, a delegação da ABC na Assembleia Geral da ANSO foi composta por Marcos Cortesão, secretário executivo de relações internacionais, e Vitor Vieira, assessor de projetos.
