No mundo moderno, pesquisa, desenvolvimento e inovação são fatores cruciais para o avanço econômico que determina a qualidade da vida humana. A globalização e a implementação da tecnologia digital trazem novas oportunidades para projetos internacionais, busca de ideias transformadoras, encorajamento de processos inovadores e troca de boas práticas de pesquisa, no âmbito da cooperação internacional.

Nesse contexto, fóruns da juventude parcerias da comunidade científica jovem para desenvolver uma ciência inovadora ganha significado especial, considerando que a maior parte do pesquisadores dos BRICS são também professores muito engajados, o que contribui positivamente para a comunicação deles com as gerações mais novas, inspirando-os a elaborar uma abordagem criativa na maneira de oferecer conhecimento científico.

O objetivo de criar o Fórum BRICS de Jovens Cientistas (BRICS YSF) foi acordado entre os países do BRICS em 2015. O foco é desenvolver a cooperação entre jovens cientistas dos países do BRICS, fomentar a criação de novos grupos científicos no campo da pesquisa e desenvolvimento (P&D), encorajar a mobilidade dos cientistas e a criação de grupos de talentos transculturais do BRICS para cooperação e ciência, Tecnologia e inovação (CT&I)

Foram selecionados 20 participantes de cada país, com menos de 40 anos, para participar do BRICS YSF 2020, que seria na Rússia. Em função da pandemia de COVID-19, foi escolhido o formato de videoconferência e o país continuou responsável pela organização. O site do evento foi criado para manter o clima de união e estimular os participantes.

Foram escolhidas áreas de fronteira para o evento: inteligência artificial, ciência de materiais e ecologia, havendo ainda a categoria Jovem Inovador.

Sobre a delegação brasileira

A Academia Brasileira de Ciências ABC) foi convidada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) a indicar potenciais candidatos(as) para o prêmio e, em parceria com a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), lançou uma chamada, aberta até o dia 3 de agosto de 2020, para inscrição de jovens inovadores(as) interessados(as) em participar.

Antonio Gomes de Souza Filho

O chefe da delegação brasileira é Carlos Matsumoto, coordenador geral de Cooperação Multilateral do MCTI. O Acadêmico Antonio Gomes de Souza Filho, professor associado da Universidade Federal do Ceará (UFC), é membro do júri.

Entre os jovens palestrantes brasileiros selecionados estão, na categoria de ciência de materiais, três membros afiliados da ABC. Andrey Chaves (2017-21) é do Instituto de Física da Universidade Federal do Ceará (UFC); Felipe Bohn (2019-23) é do Departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); e Luiz Felipe Cavalcanti Pereira (2019-23) é do Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Também integra o grupo Leandro Malard, do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que foi membro afiliado da ABC (2015-19).

Andrey Chaves, Felipe Bohn e Luiz Felipe Pereira

O evento terá transmissão ao vivo através dos links apresentados na programação. programação os relatos das sessões e as recomendações serão disponibilizados posteriormente. As recomendações finais devem resumir as discussões sobre como lidar com os problemas em comum identificados, de forma que esse conteúdo possa ser utilizado pelos cientistas líderes e autoridades dos países que integram o BRICS. Vejam a agenda completa.

Nas palavras do ministro

A visão do ministro de Ciência e Educação Superior da Federação Russa, Valery Falkov, é que o envolvimento de jovens cientistas dos cinco países nesta iniciativa é parte importante da agenda de cooperação do BRICS STI (Ciência, Tecnologia e Inovação, na sigla em inglês).

“Este fórum é uma das plataformas mais efetivas para expandir a rede de contatos internacionais dos jovens cientistas, assim como para a troca de experiências e boas práticas. Estas atividades garantem o desenvolvimento sustentável da cooperação entre os cinco países, promove o desenvolvimento da posição de liderança dos países do BRICS na área de CT&I e contribuem para o fortalecimento da comunidade de jovens talentosos nos países do BRICS.”