A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês) realizaram, nos dias 25 e 26 de abril, em Pequim, um workshop sobre ciência e tecnologias espaciais. Sediado pelo Centro Nacional de Ciência Espacial da CAS, o evento foi o segundo de uma série de reuniões previstas para estimular a cooperação entre os dois países, em oito áreas científicas e tecnológicas definidas como prioritárias e de interesse comum. O primeiro encontro dessa série focou nas ciências agrárias e foi realizado em novembro de 2018, em Brasília.

Os integrantes das delegações brasileira e chinesa.

Nesta edição, a delegação brasileira foi coordenada pelo Acadêmico e diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão. Integraram a delegação pesquisadores do Inpe, dentre os quais o Acadêmico Walter Gonzalez, bem como pesquisadores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A delegação chinesa foi liderada pelo pesquisador Chi Wang, Diretor Geral do Centro Nacional de Ciência Espacial (NSSC, na sigla em inglês). A delegação chinesa contou também com pesquisadores do Departamento de Missões Espaciais, do Instituto de Física Atmosférica, do Departamento de Pesquisa de Tecnologias Avançadas e do NSSC, todos vinculados à CAS.

No primeiro dia de reunião, os pesquisadores participaram de sessões dedicadas ao “Monitoramento do Espaço” e às “Ciências da Terra e Aplicações Espaciais”. Já no segundo dia, as discussões foram dedicadas a “Missões de Microssatélites”. Na tarde do dia 26, os participantes realizaram uma visita técnica ao NSSC.

Os participantes em visita técnica ao NSSC.

O workshop propiciou uma importante oportunidade para a troca de informações sobre o andamento dos programas espaciais do Brasil e da China. Os dois países são parceiros na área espacial desde 1988, quando o Inpe e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST, na sigla em inglês) desenvolveram um programa para a construção de dois satélites avançados de sensoriamento remoto (Programa CBERS). Por fim, a discussão realizada com a CAS deixou a sensação de que o lado científico dessa cooperação possa se fortalecer ainda mais.