Atualmente professor do Programa de Mestrado Profissional da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e médico assistente do Departamento de Retina e Vítreo da Unifesp, Luiz Henrique Soares Gonçalves de Lima tem afinidade com a biologia desde a infância: era sua matéria preferida, além do português.

Filho de pais funcionários públicos, é o irmão do meio, com apenas um ano de diferença entre cada um. Luiz Henrique conta que, na infância, já dizia que queria ser médico. O Acadêmico se recorda de ter esse desejo desde os cinco anos de idade e a intenção de profissão nunca mudou.

Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Pernambuco (UFPE), tem doutorado em Ciências (Medicina/Oftalmologia) pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e foi bolsista da CAPES no doutorado-sanduíche, tendo feito seu treinamento em pesquisa básica da retina na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, e em pesquisa clínica em retina no Manhattan Eye, Ear and Throat Hospital, em Nova Iorque – ambas nos EUA.

Durante a graduação, sua experiência com pesquisa, efetivamente, foi pouca. Foi se aprofundar nesta área quando iniciou a especialização em retina, nos Estados Unidos. Esta foi a época em que seu interesse pela atividade de pesquisa de fato aflorou. “O doutorado me fez enveredar ainda mais pelo caminho da pesquisa com a perspectiva de descobrir novos tratamentos para a degeneração da mácula, por exemplo”, conta. Nesse período conheceu o cientista Lawrence Yannuzzi, com quem fez seu doutorado sanduíche em retina e quem considera, hoje, um grande exemplo na ciência.

A pesquisa de Lima trata da degeneração macular e novas formas de liberação intraocular de fármacos, estudando sistemas intraoculares de liberação de drogas, avaliação anatômica da retina e da coroide pela autofluorescência e tomografia de coerência óptica, genótipo e fenótipo da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e da coroidopatia polipoidal e sistemas de instrumento de corte para cirurgia vitreorretiniana.

Com a titulação como membro afiliado da ABC durante o período de 2016 a 2020, Luiz Henrique pretende criar vínculos e relações com os demais membros da Academia e produzir trabalhos que possam trazer benefícios à sociedade, principal virtude que identifica na ciência. “O que mais me encanta é a possibilidade de contribuir socialmente, melhorando o entendimento das doenças e o tratamento com novas terapêuticas”, diz ele.