Diretora geral da Unesco, Irina Bokova, durante o Fórum Mundial de Ciências, em 2013, no Rio de Janeiro.
A Organização das Nações Unidas (ONU) celebrou, em 11 de fevereiro de 2016, o primeiro Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
Segundo as Nações Unidas, ciência e igualdade de gêneros são vitais para alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Nos últimos 15 anos, a comunidade global tem se esforçado para inspirar e engajar mulheres e meninas nesta área.
Pesquisa
Infelizmente, as mulheres continuam sendo excluídas de participar plenamente no setor científico.
Uma pesquisa feita em 14 países, mostrou que a probabilidade de estudantes do sexo feminino obter um diploma de bacharel, mestrado ou doutorado em ciências ou em áreas correlacionadas é menos da metade do que se comparado aos homens.
A ONU criou essa data especial para as mulheres tendo em mente mais acesso e participação igual na ciência.
Unesco
A diretora geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Irina Bokova, afirmou que a Agenda 2030 não será alcançada sem o empoderamento das mulheres através e na ciência.
Bokova disse que “mais do que nunca, hoje o mundo precisa da ciência e a ciência precisa das mulheres”.
O último relatório da agência sobre o assunto mostrou que as mulheres representam apenas 28% dos pesquisadores no mundo e a diferença aumenta ainda mais nos escalões mais altos.
Segundo a Unesco, as mulheres têm menos acesso a investimentos, a redes de estudo e até mesmo a cargos senior nas empresas, o que as coloca em profunda desvantagem.
Nessa data, Bokova pediu aos parceiros e governos que redobrem os esforços para dar mais poder a meninas e mulheres através da ciência, como base para avançar em relação à Agenda 2030.
Veja em matéria da ABC depoimentos de Acadêmicas sobre a ocasião e vídeos do Canal Futura/SESI sobre Acadêmicas que deram grandes contribuições à ciência brasileira.