Recife vai sediar o 5º encontro regional preparatório do Fórum Mundial da Ciência (FMC), entre 15 e 16 de abril, na sede da Regional Nordeste do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na Cidade Universitária. O encontro antecede o evento internacional marcado para novembro, no Rio de Janeiro – a ser realizado pela primeira vez fora da Europa.
Pela importância do fórum mundial, a comissão executiva nacional – composta por 12 entidades que compõem o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – decidiu organizar sete debates regionais, em diferentes capitais, para discutir questões relacionadas aos principais desafios da ciência no século XXl. Desde agosto do ano passado, foram realizados quatro encontros, em São Paulo, Belo Horizonte, Manaus e Salvador. Os dois próximos estão previstos para Porto Alegre, em maio, e Brasília, em junho.
Na capital pernambucana, além das quatro temáticas comuns a todos as etapas preparatórias – educação em ciência; difusão e acesso ao conhecimento e interesse social; ética na ciência; e ciência para o desenvolvimento sustentável e inclusivo – o encontro pretende abordar diferentes combinações do tripé “Oceanos, clima e desenvolvimento”, com ênfase na identificação das contribuições científicas para a compreensão dos fenômenos, para o enfrentamento e a adaptação às mudanças anunciadas e para o desenvolvimento sustentável e inclusivo das populações a elas submetidas.
Para o secretário de ciência e tecnologia de Pernambuco, Marcelino Granja, a temática é pertinente diante da compreensão da comunidade científica e do governo local da necessidade de maior investimento em pesquisas sobre o oceano pela sua influência no clima. “Para que ele seja explorado com sustentabilidade e possa contribuir para o desenvolvimento”, justifica. “O oceano influencia no clima e o clima no desenvolvimento. É um tema importante e de interesse universal”, acrescenta.
Aprofundamento
Para o encontro estão previstas as participações de palestrantes internacionais, de especialistas na área climática e de representantes de instituições científicas e tecnológicas do Nordeste e de outras localidades do país. Granja considera o momento estratégico para aprofundar as discussões na região, que passa por uma fase de forte crescimento, de aumento da inclusão social e de reforço no aporte na área de ciência e tecnologia.
“A nossa FAP [Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco – Facepe], por exemplo, multiplicou por dez a sua capacidade de investimentos, de R$ 5 milhões ara cerca de R$ 50 milhões anuais entre 2007 e 2012. Isso foi um avanço radical no panorama da ciência e tecnologia no Estado”, afirma.
“Esperamos, ao final dos encontros, produzir um documento e um manifesto que será lido no fórum em novembro”, diz o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, que no dia 7 se reuniu com o secretário Marcelino Granja e representantes de instituições científicas e tecnológicas para discutir a programação regional.