Em maio, o Museu Ciência e Vida, em Duque de Caxias, recebeu visitantes ilustres, como o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), Marco Antonio Raupp, e o governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral. O motivo foi a cerimônia de inauguração das exposições temporárias e da ampliação do museu que, desde que entrou em operação, em julho de 2010, recebeu mais de 59 mil visitantes. “Desse total, 70% foi de público espontâneo e 30% de escolas, uma proporção que não é comum”, declarou, emocionada, a diretora científica do museu e vice-presidente da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância (Cecierj), Mônica Dahmouche, comentando que essa proporção na visitação só ocorre na Cosmo Caixa, museu de ciência de Barcelona.


A diretora do Museu no pódio, assistida por Carlos Bielschowsky. Alexandre Cardoso, Marco Raupp,
Sergio Cabral, Luiz Fernando Pezão, Franklin Coelho, José Camilo Zito e Claudio Schlosser

Ela agradeceu a parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), com o Museu da Vida da Fiocruz e com a Aliança Francesa do Brasil. “A Aliança está cedendo a exposição Céu – Espelho de Culturas; o Mast emprestou a mostra Leonardo da Vinci – Maravilhas Mecânicas, e Nascer e Fotografias da Ciência na Amazônia são oriundas da Fiocruz”. Dahmouche manifestou, ainda, seu agradecimento ao patrocínio da Petrobras, que promove a primeira exposição de longa duração do museu, “Energia que Move o Mundo”.

O presidente da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), Carlos Eduardo Bielschowsky, lembrou que o museu é parte de um projeto ainda maior, o Quarteirão da Ciência. “Estamos trazendo muita tecnologia para Duque de Caxias. Com as nossas parcerias com a Faetec, Cefet, Uenf, os alunos poderão fazer cursos técnicos e vestibular social. Esse projeto tem nome e sobrenome: Alexandre Cardoso. A Cecierj agradece o senhor por essa oportunidade maravilhosa de crescimento. Estamos dando um passo importante na educação.”

Claudio Romeo Schlosser, gerente executivo de refino da área de abastecimento da Petrobras, afirmou que a empresa sempre procurou contribuir para o desenvolvimento das comunidades: “Com a exposição que estamos patrocinando, que será uma das três permanentes do Museu Ciência e Vida, os visitantes poderão aprender de maneira interativa sobre as matrizes energéticas”. Para Schlosser, essa interação da ciência junto ao público, especialmente as crianças, é uma oportunidade para a percepção da influência da ciência e tecnologia (C&T), desmistificando a ideia de que tais atividades são privilégios para poucos.

Para o secretário de estado de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, responsável pelo projeto, o Rio de Janeiro vive uma nova era. Ele lembrou que o espaço do museu era, anteriormente, ocupado por uma delegacia: “Transformamos o que era um campo de concentração em um lugar de ciência e vida”. Cardoso também comemorou o fato de a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) conseguir 2% da receita estadual e afirmou que, em breve, as universidades estaduais vão entender o que significa mais de 1 bilhão e 200 milhões de reais no aumento da verba para a pesquisa. “Não foi à toa que a Academia Brasileira de Ciências deu, pela primeira vez, o título de Governador da Ciência ao Sergio Cabral”, comentou. “Governador, o senhor vai fazer o município ser lembrado pelo conhecimento. As pessoas vão sair de Ipanema para ir a Caxias ver o museu da ciência. Eu, como caxiense, como cidadão e como ser humano, saio daqui realizado.”

O prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, se disse grato enquanto representante da população do município. “É através da união que nossos sonhos se tornarão fáceis de serem realizados. Já o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e deputado estadual, Paulo Melo, concordou que é a capacidade de integração que possibilita a realização de sonhos e afirmou que “não inventamos a roda, apenas a fizemos girar”. Ele declarou que é com grande alegria que presencia o processo de transformação do Rio de Janeiro. “Em Caxias, fazemos o Museu Ciência e Vida; em Copacabana, o Museu da Imagem e do Som é erguido em uma área moralmente degradada; em Saquarema, construímos uma das maiores escolas técnicas do estado. O governo investe em todos os municípios, desenvolvendo ciência e cultura para a população.”

Luiz Fernando de Souza Pezão, vice-governador e coordenador executivo de infraestrutura do estado, declarou nunca ter visto antes um governador dar tanta autonomia para os secretários quanto Cabral. “Ele está sempre arrecadando mais, fazendo parcerias. Essa obra é a cara do Sergio e do Alexandre”, salientou Pezão, que aproveitou para pedir ao ministro de CT&I que investisse cada vez mais no Rio de Janeiro.

Por sua vez, Marco Antonio Raupp parabenizou o estado por ser a “locomotiva do país”.
Segundo o ministro, ciência e tecnologia aliadas a educação representam atividades que abrem o caminho da administração. Ele também declarou ser uma honra participar do evento como um cidadão brasileiro que tem especial carinho pelo Rio de Janeiro: “É uma emoção ver um projeto como esse, que transforma um ambiente de condenação em um ambiente de libertação. Cultura, ciência, tecnologia, conhecimento de um modo geral são uma estrada que se abre no caminho das pessoas. O futuro será mais promissor e compensatório para todos que enveredarem por ela”.

Raupp também declarou que quer aprofundar as parcerias já existentes. “Vamos colaborar não só em projetos de ciência, inovação e tecnologia, mas também nas áreas não tradicionais, que contribuam para envolver a sociedade como um todo, especialmente os jovens, nessa aventura que é o conhecimento. Contem conosco, pois investir recursos aqui é uma garantia de sucesso.”

O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, mencionou que o estado vive hoje uma ótima fase de crescimento por causa da integração entre os poderes, municípios e com o governo federal. Cabral também ressaltou a qualidade e sofisticação do Museu Ciência e Vida: “Ele poderia estar em qualquer outro lugar do Brasil, mas é de Duque de Caxias.”

Leia também a entrevista com o presidente da ABC, Jacob Palis, sobre sua visita ao museu.