História

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Originada nas dependências da Escola Politécnica, em reuniões informais de um grupo de professores dessa Escola, foi fundada em 3 de maio de 1916 a Sociedade Brasileira de Sciencias, na cidade do Rio de Janeiro, então capital da República. O grupo logo receberia a adesão de docentes de outras faculdades e de pesquisadores de instituições científicas, como o Museu Nacional, o Observatório Nacional, o Serviço Geológico e Mineralógico e o Instituto de Medicina Experimental de Manguinhos, atual Instituto Oswaldo Cruz.

Os fundadores

Estiveram presentes à reunião de fundação da Sociedade Brasileira de Sciencias: Henrique Morize, Enes de Sousa, Miranda Ribeiro, Carvalho e Melo, Júlio César Diogo, Ângelo da Costa Lima, A. Childe, Roquette Pinto, Alberto Betim Paes Leme e Everardo Backheuser. Bruno Lobo, Lima Mindelo, Lohman e Daniel Henniger se fizeram representar por seus pares.

Henrique Morize, astrônomo francês naturalizado brasileiro, foi o primeiro presidente da Casa, tendo constituído uma Diretoria com mandato trienal, composta por dois vice-presidentes, três secretários e um tesoureiro. Inicialmente, o quadro era limitado a cem membros, número rapidamente alcançado.

Objetivos e recursos

Os principais objetivos da Sociedade Brasileira de Sciencias eram estimular a continuidade do trabalho científico de seus membros, o desenvolvimento da pesquisa brasileira e a difusão do conceito de ciência como fator fundamental do desenvolvimento tecnológico do país.

Embora houvesse a expectativa de apoio financeiro do governo, a Academia foi estruturada como uma organização legalmente independente e privada, responsável pela escolha de seus dirigentes e soberana para a definição de seus estatutos e regulamentos.

Produção científica

Uma prioridade da primeira administração foi a publicação de um periódico científico. A Revista da Sociedade Brasileira Sciencias teve três volumes anuais publicados entre 1917 e 1919, e foi retomada como Revista de Ciências, em 1920-1921, sob a responsabilidade de Arthur Moses.

Com publicações irregulares nos anos de 1922, 1926 e 1928, sendo que em 1926 circulou com o nome de Revista da Academia Brasileira de Ciências, a revista publicou neste ano artigo de Albert Einstein sobre a Teoria da Luz.

Somente em 1929 a publicação regular dos Anais da Academia Brasileira de Ciências foi assegurada.

Novo nome

Na sessão de 16 de dezembro de 1921, a Sociedade passa a chamar-se Academia Brasileira de Ciências, de acordo com o padrão internacional da época.

Em sua fundação, no ano de 1916, a entidade abrangia apenas três seções: a de Matemática, a das Ciências Físico-Químicas e das Ciências Biológicas, de acordo com o modelo da Academia Francesa de Ciências. A de Matemática compreendia a matemática sensu stricto, a astronomia e a físico-matemática; a das Físico-Químicas, a física, a química, a mineralogia e a geologia; e das Biológicas abrangia a biologia, a zoologia, a botânica e a antropologia.

O quadro de seus membros, de início, era assim constituído: Efetivos (cientistas brasileiros de merecido saber), Beneméritos (prestadores de relevantes serviços à Sociedade); Honorários (cientistas estrangeiros) e Associados que se subdividiam: Assistentes (sem direito a voto) e Correspondentes (não residentes no Rio de Janeiro).

Organização

Em sua fundação, no ano de 1916, a entidade abrangia apenas três seções: a de Matemática, a das Ciências Físico-Químicas e das Ciências Biológicas, de acordo com o modelo da Academia Francesa de Ciências. A de Matemática compreendia a matemática sensu stricto, a astronomia e a físico-matemática; a das Físico-Químicas, a física, a química, a mineralogia e a geologia; e das Biológicas abrangia a biologia, a zoologia, a botânica e a antropologia.

O quadro de seus membros, de início, era assim constituído: Efetivos (cientistas brasileiros de merecido saber), Beneméritos (prestadores de relevantes serviços à Sociedade); Honorários (cientistas estrangeiros) e Associados que se subdividiam: Assistentes (sem direito a voto) e Correspondentes (não residentes no Rio de Janeiro).

A partir de 1953, a seção de Ciências Físico-Químicas foi dividida em seção de Ciências Físicas, de Ciências Químicas e de Ciências da Terra. Assim, até 1995, a Academia compreendia cinco seções especializadas: Ciências Matemáticas, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências Biológicas e Ciências da Terra.

A partir de 1996, quando a Academia completou 80 anos, foi criada outra seção: a de Ciências da Engenharia.

A partir de 2000, foram mantidas as seis áreas de especialização anteriores e, objetivando melhorar a representatividade de alguns campos do conhecimento, foram criadas as de Ciências Biomédicas, da Saúde, Agrárias e Humanas.

As três primeiras, além de novos membros eleitos na assembléia geral de dezembro de 1999, receberam membros remanejados, principalmente das Ciências Biológicas e, eventualmente, das Ciências Químicas.

A nova seção de Ciências Humanas passou a incorporar um novo grupo de cientistas no âmbito da Academia.

Atualmente a Academia reúne seus membros em dez áreas especializadas: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Ciências da Saúde, Ciências da Engenharia, Ciências da Terra, Ciências Físicas, Ciências Humanas, Ciências Matemáticas e Ciências Químicas.

Categorias

As categorias de membros permanentes atualmente abrangem Titulares; Estrangeiros e Colaboradores. Não há limitação de número dos membros de qualquer categoria. Os membros titulares são cientistas brasileiros de consagrado merecimento. Os membros estrangeiros são cientistas de reconhecido mérito científico, que tenham prestado efetiva colaboração ao desenvolvimento da ciência no Brasil. Os membros colaboradores são pessoas que tenham prestado relevantes serviços à Academia ou ao desenvolvimento científico nacional. O título de Membro Colaborador é concedido por proposta fundamentada da Diretoria, submetida à aprovação da Assembléia Geral.

A cada ano, os membros titulares propõem novos candidatos a membros, titulares e estrangeiros, que são eleitos pela Assembléia Geral – instância máxima da Academia -, considerando as recomendações da Comissão de Seleção.

A Academia, a juízo da Diretoria, pode conceder o título de Membro Institucional a pessoas jurídicas interessadas no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, que se disponham a contribuir financeiramente para sua manutenção. O título de Membro Institucional tem caráter temporário, devendo ser validado a cada ano, a critério da Diretoria.

A categoria de Membros Associados, criada em 1949, foi extinta em 1999, por considerar que os candidatos à admissão devam ter já elevado nível de qualificação. Entretanto, ficam asseguradas aos atuais membros associados a manutenção dos direitos e das obrigações vigentes quando de sua eleição, e a possibilidade de serem eleitos como membros titulares.

Em 2007 foi criada a categoria de Membro Afiliado, destinada a jovens de destaque indicados pelas vice-presidências regionais, criadas no mesmo ano. Esta afiliação tem prazo de validade, por cinco anos não renováveis. Cada vice-presidente regional indica até cinco membros Afiliados, de acordo com sugestões dos membros titulares daquela região.

Pesquise sobre os membros da ABC aqui!

Espaço físico e novos recursos

Com o encerramento da Exposição do Centenário da Independência, em 1922, a Academia recebeu do Governo Brasileiro e do Governo da Tchecoslováquia, respectivamente, o terreno e o prédio utilizado como pavilhão daquele país na Exposição, onde foi estabelecida sua sede.

Alguns anos depois, em 1928, em função de projeto de reurbanização da cidade, o prédio foi demolido, sem qualquer compensação financeira à Academia e, apesar de repetidas promessas, nenhuma instalação correspondente foi obtida.

Ficando sem sede própria, os Acadêmicos passaram a reunir-se em diferentes locais, como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Ministério do Trabalho (durante o Estado Novo), a Fundação Getúlio Vargas, o prédio de propriedade do Estado de São Paulo, cedido pelo governo Jânio Quadros (1955-1959), e, finalmente, no Laboratório de Análises Clínicas do Acadêmico Artur Moses.

O acervo da biblioteca ficou sob os cuidados do Acadêmico Matias de Oliveira Roxo, que o acondicionou em um pequeno apartamento à rua Marques de Abrantes, posteriormente transferido para a Fundação Getúlio Vargas, sendo mais tarde encaminhado para a Divisão de Geologia e Mineralogia do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), localizado na Av. Pasteur, 404, Urca.

A partir de 1929, Artur Moses – participante da direção da Academia em doze diferentes gestões, tendo sido eleito presidente em dez delas – passou a ter um desempenho fundamental na consolidação da Academia.

Moses, primeiro Presidente Emérito, reativou a publicação dos Anais e, após sucessivos empreendimentos bem sucedidos, coroou-os, em 1959, com a obtenção de recursos governamentais, através de doações da União, do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que possibilitaram a compra de um andar inteiro do prédio onde hoje se localiza a sede da ABC, na rua Anfilófio de Carvalho, 29, no Centro do Rio de Janeiro. A Academia está instalada nesse andar desde 8 de novembro de 1960.

A biblioteca da Academia, posteriormente denominada Biblioteca Aristides Pacheco Leão, foi transferida nos anos 80 para o 5º andar do nº 64 da rua Araújo Porto Alegre.

O período que vai da primeira gestão de Artur Moses até o início da gestão de Carlos Chagas Filho – que sucedeu Moses na Presidência da Academia, em 1965 -, corresponde à sobrevivência da instituição, buscando-se a viabilidade financeira, a renovação e o crescimento controlado do quadro de membros, a aquisição da sede e a continuidade da publicação dos Anais, tudo isso no contexto das grandes transformações da sociedade brasileira.

Nos anos 60, por ocasião do qüinquagésimo aniversário da Academia, o Presidente da República autorizou a doação de um número significativo de bônus do Tesouro Nacional, resgatáveis em vinte anos, através da influência de Carlos Chagas Filho, Estes recursos, correspondentes a um milhão de dólares, cuja aplicação não estava submetida a nenhuma determinação específica, fortaleceram consideravelmente o potencial da Academia.

Atividade científica e cultural

Nesse processo de desenvolvimento da Ciência, a Academia e os Acadêmicos estiveram envolvidos em outras atividades como a introdução da radiodifusão no país (1923), que teve como principal incentivador Roquette-Pinto, e a criação, em 1924, da Sociedade Brasileira de Educação (SBE), tendo a frente o professor Everardo Backheuser.

As atividades da Sociedade Brasileira de Educação demonstram, em parte, a preocupação dos Acadêmicos em promover uma articulação com o Estado no sentido de promover a institucionalização da pesquisa científica pura nas faculdades de ciência em todo o Brasil.

Depois da Segunda Grande Guerra, a Academia teve outras importantes atuações, como a que culminou na criação do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), em 1951. De fato, o projeto aprovado pelo governo foi concebido na Academia, cujo presidente, Álvaro Alberto da Motta e Silva , foi nomeado primeiro Presidente do CNPq.

O mais alto nível de decisão da política nacional de ciência e tecnologia no país era o Conselho Deliberativo do CNPq, que incluía, além de representantes do governo, um representante da Academia e um grande número de cientistas, em sua maioria Acadêmicos.

Várias instituições importantes, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) tiveram sua origem em comitês definidos por esse colegiado.

A Academia liderou e influenciou na criação de diversas instituições, tais como: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sociedade Brasileira de Química (SBQ), Universidade de São Paulo (USP), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Reconhecimento político

A partir de 1967, a história da Academia é marcada pela gestão do Acadêmico Aristides Azevedo Pacheco Leão , homenageado em 1993 como seu segundo Presidente Emérito. Data desse período o reconhecimento pelo Governo Federal, por ocasião do II Plano Básico de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do papel da Academia como integrante privilegiado do Sistema de C&T do Brasil, capaz de emitir, de forma isenta e com o necessário rigor, juízos e pareceres sobre o estado da ciência e da tecnologia no país.

Esse reconhecimento possibilitou à Academia receber recursos governamentais para atividades de sua própria iniciativa, principalmente a realização de expedições científicas, a coordenação de programas de pesquisa, a publicação de livros e a implementação de convênios de cooperação científica com instituições congêneres estrangeiras. Entre esses convênios, os mais significativos foram os celebrados com a Japan Society for the Promotion of Science e com o John E. Fogarty International Center for Advanced Study in Health Sciences.

Na década de 80, sob a presidência de Maurício Matos Peixoto , o apoio do governo a essas atividades foi sensivelmente reduzido, mas, ainda assim, os convênios internacionais foram mantidos e outro foi acordado, com a Académie des Sciences do Institut de France.

O retorno do apoio financeiro do governo, na década de 90, possibilitou a organização, liderada pelos presidentes Oscar Sala , José Israel Vargas  (em exercício) e Eduardo Krieger , de vários novos programas, tais como o investimento na difusão do conhecimento científico, a produção de programas de TV dedicados às questões do meio-ambiente, a expansão da cooperação científica com outras instituições internacionais.

ABC no século XXI

Os últimos anos vêm sendo marcados por um esforço de redefinição da missão da Academia e a diversificação de suas funções dentro do cenário nacional e internacional contemporâneo, passando a fazer parte, de forma explícita, da política oficial de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

A Academia passa a ter cada vez mais uma função de articulação junto à comunidade científica brasileira, com forte atuação nacional, especialmente através de seus grupos de trabalho que visam ao desenvolvimento de documentos de referência para a elaboração de políticas públicas em temas como Amazônia, Educação Superior, Educação Básica e Infantil, Biocombustíveis e outros.

A ABC teve também a oportunidade de ampliar sua atuação internacional, participando de fóruns para a discussão de questões como educação, difusão do conhecimento científico, energia, meio-ambiente, pobreza, população, gênero e violência.

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History

How it was created

Originating in the premises of the Polytechnic School, with informal meetings of a group of teachers who worked there, the Brazilian Society of Sciences was founded on the 3rd of May of 1916, in the city of Rio de Janeiro, at that time the capital of the Republic. The group then received the addition of professors from other colleges and researchers from scientific institutions, such as the National Museum, the National Observatory, the Geological and Mineralogical Survey and the Experimental Medicine Institute of Manguinhos, the current Oswaldo Cruz Institute.

The founders

The following were present at the meeting which founded the Brazilian Society of Sciences: Henrique Morize , Enes de Sousa, Miranda Ribeiro , Carvalho e Melo, Júlio César Diogo, Ângelo da Costa Lima, A. Childe, Roquette Pinto, Alberto Betim Paes Leme  and Everardo Backheuser. Bruno Lobo, Lima Mindelo, Lohman and Daniel Henniger were represented at the meeting by their partners. Henrique Morize, a French astronomer naturalized Brazilian, was the first president of the House, having constituted a board with a three year term, composed of two vice-presidents, three secretaries and a treasurer. Initially the group was limited to one hundred members, a number which was rapidly attained.

Objectives and Resources

The main objectives of the Brazilian Society of Sciences were, to stimulate the continuity of the scientific works of its members, the development of Brazilian research and the dissemination of the concept of science as an essential factor for the technological development of the country. Although there was an expectation of obtaining financial support from the government, the Society was structured as an independent and private legal organization, responsible for choosing their own leaders and sovereign for the definition of its statutes and regulations.

Scientific Production

One of the priorities of the first administration was the publication of a scientific magazine. The Brazilian Society of Science Magazine published three annual volumes between 1917 and 1919, and was then resumed as the Magazine of Sciences in 1920-1921 under the responsibility of Artur Moses. With irregular publications in the years of 1922, 1926 and 1928, in which in 1926 it was issued under the name of Brazilian Academy of Sciences Magazine, the magazine published in this year’s edition, an article by Albert Einstein  on the Theory of Light. It was only in 1929 that the regular publication of the Annals of the Brazilian Academy of Sciences was assured.

New Name

At the session held on December 16th, 1921, the Society changed its name to Brazilian Academy of Sciences, in accordance to the international standards at the time.

Physical space and new resources

With the closing of the Centennial of Independence Exposition, in 1922, the Academy received from the Brazilian Government and the Government of Czechoslovakia, respectively, the land and the building used as the pavilion of that country at the Exposition, where they established their headquarters. A few years later, in 1928, due to the redevelopment of the city, the building was demolished, with no compensation to the Academy whatsoever, and despite repeated promises, no corresponding site was obtained. Left with no headquarters of their own, the Academics began meeting at different locations, such as the Brazilian Historic and Geographic Institute, the Ministry of Labor (during the New State), the Getúlio Vargas Foundation, at the building which belonged to the State of São Paulo, granted by the government of Jânio Quadros (1955-1959), and last, at the Clinical Analysis Laboratory that belonged to the Academic Artur Moses. The library collection stayed in the care of the Academic Matias de Oliveira Roxo, who stored the books in a small apartment located on Rua Marques de Abrantes, then later transferred them to the Getúlio Vargas Foundation, and after that forwarded the books to the Geology and Minerology Division of the National Department of Mineral Production (DNPM), located on Av. Pasteur, 404 in Urca. As of 1929, Artur Moses – a participant of the Board of Directors of the Academy in twelve different managements, having been elected president in ten of them – became a key element in the consolidation of the Academy. Moses, the first President Emeritus, reactivated the publication of the Annals, and following a series of successful endeavors, achieved in 1959, by obtaining governmental resources through donations of the Union, of the National Council of Researches (CNPq) and of the National Commission of Nuclear Energy (CNEN), the resources necessary for the purchase of the entire floor of the building where today ABC is located, at rua Anfilófio de Carvalho, 29, in the Center of Rio de Janeiro. The Academy is located on this floor since November 8, 1960. The Academy’s library, later called Aristides Pacheco Leão Library, was transferred in the 80’s to the 5th floor of number 64 of rua Araújo Porto Alegre. The period between the first management of Artur Moses up until the beginning of the management of Carlos Chagas Filho – who succeeded Moses on the Presidency of the Academy in 1965, corresponds to a period of survival of the institution, with the efforts turned towards finding financial viability, the renovation and the control of the growth in the number of members, the purchase of their headquarters and the continuity of the publication of the Annals, all this within the context of the great transformations of the Brazilian society. In the 60’s, on the occasion of the Academy’s fiftieth anniversary, the President of the Republic authorized the donation of a significant amount of National Treasury Bonds, redeemable in twenty years, through the influence of Carlos Chagas Filho. These resources, corresponding to a million dollars, of which the use was not subject to any specific determination, considerably strengthened the potentials of the Academy.

Scientific and Cultural Activity

In the process of the development of Science, the Academy and the Academics were involved in other activities such as the introduction of broadcasting in the country (1923), with Roquette Pinto as the main supporter, and the creation in 1924, of the Brazilian Society of Education (SBE), headed by Professor Everardo Backheuser. The activities of the Brazilian Society of Education, among other things, demonstrated the preoccupation of the Academics in promoting a liaison with the State to promote the institutionalization of pure scientific research in the colleges of science in all of Brazil. Following the World War II, the Academy had other important action, such as the one which culminated in the creation of the National Council of Research (CNPq), in 1951. In fact, the project which was approved by the government was conceived at the Academy, whose president Álvaro Alberto da Motta e Silva , was nominated as the first President of CNPq. The highest level of decision of the national policy of science and technology in the country was the Deliberative Council of CNPq, which included, aside from the representatives of the government, one representative of the Academy and a large number of scientists, most of them Academics. Several important institutions, such as the National Commission of Nuclear Energy (CNEN), the National Institute of Space Research (INPE) and the National Institute of Research of Amazonia (INPA) originated in committees established by this body. The Academy headed and influenced in the creation of several institutions such as: the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ), the Brazilian Society of Chemistry (SBQ), the University of São Paulo (USP), the Brazilian Center of Physics Research (CBPF) and the Brazilian Society for the Advancement of Science (SBPC).

Political Recognition

As of 1967, the history of the Academy is marked by the management of the Academic Aristides Azevedo Pacheco Leão , honored in 1993 as its second Emeritus President. It is as of this date that the Academy receives recognition from the Federal Government during the II Basic Plan for Scientific and Technological Development, for the role the Academy plays as a privileged member of the S&T System of Brazil, capable of issuing, in an impartial and rigorous way, views and opinions about the state of science and technology in the country. This recognition enabled the Academy to receive governmental resources for activities of their own initiative, mainly for scientific expeditions, for the coordination of research programs, the publication of books and the implementation of scientific cooperation agreements with similar foreign institutions. Among these partnerships, the most significant were those with the Japan Society for the Promotion of Science and the one with John E, Fogarty International Center for Advanced Study in Health Sciences. In the decade of the 80’s, under the presidency of Maurício Matos Peixoto , the government’s support for these activities was considerably reduced, nevertheless, the international partnerships were maintained and yet another one was made, with the Académie des Sciences do Institut de France. The return of governmental financial support in the decade of the 90’s, enabled the institution, headed by the presidents Oscar Sala , José Israel Vargas  (acting president) and Eduardo Krieger , to institute several different programs, such as the investment in the dissemination of scientific knowledge, the production of TV programs dedicated to environmental issues, and the expansion of scientific cooperation with other international institutions.

ABC in the XXI century

The last years have been marked by a continuous effort of redefining the mission of the Academy and the diversification of its functions within the national and international contemporary scenario, becoming a part, in an explicit way, of the official policy of Science, Technology and Innovation (ST&I). Over the years, the Academy increasingly absorbs the function of articulation within the Brazilian scientific community, with a strong national performance, especially through its work groups whose objective is the development of reference documents for the elaboration of public policies in themes such as Amazonia, Higher Education, Early childhood and Elementary education, Biofuel and others. ABC also had the opportunity of increasing its international performance, by participating in forums for the debate of issues like education, dissemination of scientific knowledge, energy, environment, poverty, population, gender and violence.