*Texto original de Wanderley de Souza para o Globo
Aqueles que se dedicam à atividade científica têm percebido a ampliação cada vez mais evidente do número de artigos publicados por pesquisadores chineses. Já há algum tempo muitos textos tinham autores chineses, só que trabalhando em laboratórios nos Estados Unidos ou na Europa. Agora, os artigos resultam de trabalhos realizados em instituições chinesas.
Recentemente, os membros da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos — a academia científica de maior prestígio internacional, que conta com a maioria dos detentores do Prêmio Nobel — foram convocados para uma sessão especial denominada State of the Science Address. Nela, Marcia McNutt, presidente da instituição, fez um balanço revelador do atual estágio da atividade científica dos Estados Unidos, país que, por muitos anos, foi líder mundial incontestável no setor. Ela destacou o papel desempenhado por milhares de pesquisadores vindos de outros países — atraídos por entusiasmo, apoio robusto e competitividade estimulada —, que passaram a conviver com jovens pesquisadores locais. Muitos ganharam o Nobel em consequência dos trabalhos em laboratórios americanos.
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