Leia a matéria de Selma Schmidt para O Globo, publicada em 23/10:

Os rumores de que o presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Jerson Lima Silva, será exonerado, para que o cargo seja ocupado por um político do PL, partido do governador Cláudio Castro, está mobilizando a comunidade científica. A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) divulgaram documento manifestando preocupação, encaminhado nesta quarta-feira ao governador.

Uma petição, defendendo a permanência de Jerson no cargo, iniciada pela Uerj, já tinha 11.763 assinaturas às 18h52 desta quarta-feira. A Academia Nacional de Medicina, reitores de universidades públicas do estado, a Federação de Sociedades de Biologia Experimental, a Sociedade Brasileira de Virologia e o Instituto Serrapilheira também se posicionaram.

Jerson Lima Silva atuou como diretor científico da Faperj entre 2003 e 2018 e, desde janeiro 2019, está na presidência da fundação. É medico formado pela UFRJ, doutor em Biofísica e pesquisador titular também da UFRJ.

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No documento entregue ao governador, a ABC e a SBPC recordam que “boa parte do protagonismo do Estado do Rio de Janeiro na economia e sociedade brasileiras decorre da qualidade da ciência, tecnologia e inovação realizadas no Estado, que congrega uma plêiade de pesquisadores de nível internacional”. E dizem que esse protagonismo foi alcançado graças ao trabalho de Jerson. A carta é assinada pelos presidentes da ABC, Helena Bonciani Nader, e SBPC, Renato Janine Ribeiro.

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Na noite desta quarta-feira, representantes de órgãos de pesquisa, de universidades e políticos se reuniram no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), na Praia Vermelha, para discutir estratégias, a fim de evitar que a Faperj seja dirigida por um político. A reunião é acompanhada através da plataforma Zoom.

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