*Artigo originalmente publicado no Jornal da Ciência
Muito tem sido discutido sobre a crescente redução do interesse das pessoas para buscarem uma formação pós-graduada nos níveis de mestrado ou doutorado. Artigo recente no Jornal O Nexo, utilizando dados oficiais da CAPES, destaca o risco dessa situação para o Brasil, alertando para o fato de que o desinteresse dos jovens em buscarem uma formação acadêmica consolidada “tende a causar futuros e graves problemas ao desenvolvimento do país”. Verifica-se, não obstante, que tal situação é também constatada, em escala crescente, quanto à busca dos jovens por uma graduação de ensino superior. Em ambos os casos as justificativas para o constatado desinteresse dos jovens na graduação e na pós, compõem uma lista de motivos que envolvem aspectos econômicos, financeiros e sociais tendo em vista o elevado esforço de investimento pessoal versus a perspectiva de uma futura empregabilidade que seja imediata e com remuneração compatível. Mas há também outros motivos: insegurança na escolha do curso; incerteza sobre o futuro da profissão escolhida, a relação custo-benefício oferecida pelo curso, falta de motivação pessoal, obrigações familiares e, não menos importante, a possibilidade de conseguir conhecimento e experiência fora da universidade.
O artigo recente “Precisamos redesenhar as instituições federais de ensino superior” publicado no Jornal O Globo de 21/08/2024, parte desses problemas são apontados indicando que os “Estudantes querem mais agilidade na formação e flexibilidade de horários” e que por isso “É preciso ampliar e qualificar o ensino a distância”, como uma ferramenta moderna de ensino, capaz de ajudar a amenizar tal problema. Acresce-se também neste quadro o descompasso entre o tipo de formação acadêmica recebida pelos estudantes e a demanda qualificada do mercado de trabalho, que tem como base a aplicação e uso de tecnologias modernas, como IA e outras. Com certeza, em muitos casos, tal condição atinge igualmente os dois níveis de formação.
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