*Reportagem publicada no JOTA ouviu os Acadêmicos Adalberto Val e Carlos Nobre
A bioeconomia é uma das principais apostas do governo brasileiro durante sua atuação na presidência do G20. Colocado em discussão no fórum pela primeira vez, por iniciativa do Brasil, o tema pode abrir as portas de um mercado promissor em países ricos em biodiversidade, a partir da criação de negócios e produtos baseados na natureza.
O meio ambiente fornece serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade e dos quais dependem boa parte dos recursos para as atividades econômicas. Estimativas recentes do Fórum Econômico Mundial mostram que mais da metade do PIB mundial, aproximadamente US$ 44 trilhões, possui alta ou moderada dependência da natureza.
Por outro lado, principalmente após o início da industrialização, as atividades econômicas estão associadas à degradação dos serviços ecossistêmicos e a reflexos negativos na biodiversidade. Para se ter ideia, 1 milhão de espécies (de um total estimado em 8 milhões) estão em vias de extinção, segundo relatório da ONU de 2019.
A biodiversidade no G20
Para gerar menor impacto no meio ambiente e, ainda assim, projetar o desenvolvimento econômico, a iniciativa de bioeconomia no G20 reúne participantes das duas trilhas que compõem o fórum, a de Sherpas e a de Finanças. Os debates estão organizados em três eixos principais: ciência, tecnologia e inovação; uso sustentável da biodiversidade; e o papel da bioeconomia na promoção do desenvolvimento sustentável.
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