*Texto originalmente publicado em O Globo
O novo plano nacional do Brasil para estimular a pesquisa em inteligência artificial, a ser anunciado pelo presidente Lula na próxima terça-feira, prevê a montagem de um supercomputador para atender a demanda de pesquisa na área.
A informação foi confirmada ao GLOBO pelo físico Sergio Rezende, secretário-geral da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), evento que o governo criou para formular políticas para o setor e levantar projetos para os próximos anos. Ele foi ministro de Ciência e Tecnologia entre 2005 e 2010.
— Algumas aplicações da inteligência artificial precisam de uma capacidade de processamento que o Brasil não tem — diz o cientista. — Precisamos de um supercomputador moderno.
Rezende afirma que a nova máquina deverá funcionar no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, e operar em um modelo aberto a parcerias similar ao do Sirius, acelerador de partículas que é o laboratório mais moderno (e mais caro) do país, em Campinas. Usado para pesquisa de materiais e análise molecular de amostras biológicas, o Sirius também acomoda demanda de pesquisas do setor privado.
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