Confira o início do artigo escrito pelo membro titular da ABC Jorge Kalil para a Folha de S. Paulo em 10 de abril:

 

Zika, dengue, chikungunya, febre amarela, H1N1, H3N2 e Sars-CoV-2. O Brasil enfrenta há décadas a ocorrência de sucessivas emergências sanitárias em intervalos cada vez menores. O surgimento e a disseminação do novo coronavírus, que levou o mundo à mais grave crise de saúde pública em um século, fez o país reorganizar sua rede de vigilância epidemiológica, ainda insuficiente frente aos desafios atuais e aos que se avizinham.

Para identificar e acompanhar emergências sanitárias causadas por vírus ou bactérias, o sequenciamento genômico dos agentes é crucial. Por meio dessa técnica, é possível identificar qual vírus ou bactéria está causando, por exemplo, a alta de internações em determinada localidade. Também revela se certo agente infeccioso voltou a circular ou se estamos diante de algo novo.

Em 2015, na epidemia do vírus zika, foram necessários 18 meses para descobrirmos que se tratava de uma nova doença, não de dengue. Como os sintomas de zika e dengue são semelhantes, não foi soado o sinal de alerta. Com o sequenciamento genômico, o Brasil teria avançado mais rapidamente nessa batalha.

A fragilidade do sistema brasileiro também foi notada no início de 2021. O Japão identificou e sequenciou a variante gama do Sars-CoV-2 ao mesmo tempo que o Brasil, onde a cepa já circulava havia semanas. Na ocasião, Manaus enfrentou o colapso de seus sistemas de saúde e funerário. Uma rede eficiente teria alertado os governos para a gravidade da variante, possibilitando a adoção de medidas adequadas.

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