Leia a matéria de Malu Longo para O Popular, publicada em 30/6:

Desde que tornou-se o rosto visível do Grupo de Modelagem da Expansão da Covid-19 em Goiás, uma iniciativa da Universidade Federal de Goiás (UFG), o professor doutor [membro afiliado da ABC, 2019-2023] Thiago Rangel virou alvo de ataques nas redes sociais. Na última segunda-feira (29), quando o governador Ronaldo Caiado (DEM) realizou uma reunião virtual com prefeitos goianos, o pesquisador foi convidado a fazer uma demonstração das projeções que o grupo vem elaborando sobre a pandemia em território goiano. Foi com base neste estudo que Ronaldo Caiado decidiu reeditar o decreto de março com fechamento de atividades não essenciais de forma intermitente a partir desta terça-feira (30), intercalando períodos de 14 dias de fechamento e abertura.
A medida foi duramente criticada por setores que não concordam com o isolamento. As hostilidades não ficaram restritas a Ronaldo Caiado, resvalando também em Thiago Rangel que, entre outras ofensas, foi chamado de “pesquisador meia boca”e “especialista” da UFG por ter demonstrado, de forma científica, o que pode acontecer em Goiás nos próximos meses, caso não haja medidas efetivas para conter o avanço do número de contaminados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Na reunião o pesquisador informou que, se o nível de isolamento continuasse como estava na última semana de junho, com pouco mais de 36%, até setembro Goiás teria 18 mil mortos pela Covid-19.
“Não fui eu que decretei lockdown. Nosso grupo fez uma análise da pandemia e o governador resolveu utilizar esse estudo. Não fomos contratados pelo governo de Goiás para dar recomendação técnica. Participei da reunião para fazer uma apresentação epidemiológica”, disse Rangel ao Popular. Em uma das mensagens disseminadas pelas redes sociais, é apontado como “o responsável pelo lockdown em Goiás” (o decreto não prevê bloqueio total). A fotografia usada na mensagem é a mesma do perfil dele em um aplicativo de mensagens.

 

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