As vencedoras do Para Mulheres na Ciência 2019.
Na noite da última quinta-feira, 10 de outubro, a Casa Firjan foi palco da 14ª edição do programa Para Mulheres na Ciência, uma parceria da L’Oréal Brasil com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
A premiação reconheceu sete cientistas brasileiras com a entrega de bolsas-auxílio no valor de 50 mil reais para cada para que elas possam dar continuidade aos seus estudos nas áreas de Ciências da Vida, Química, Física e Matemática. Os trabalhos das pesquisadoras foram escolhidos entre mais de 500 projetos inscritos de todo o Brasil.
Procurar soluções para doenças que afetam a produção de laranja no Brasil, investigar por que as estrelas param de ser produzidas em algumas galáxias e estimular a comercialização de plantas alimentícias são alguns objetivos dos trabalhos vencedores da 14ª edição do programa, que já reconheceu e incentivou 98 pesquisadoras brasileiras, com a distribuição de aproximadamente R$ 4 milhões em bolsas-auxílio.
“Dar às mulheres seu lugar de direito na Ciência e na sociedade significa dar ao mundo uma chance real de abordar efetivamente seus principais problemas de saúde, mudanças climáticas e até inteligência artificial. A diversidade na pesquisa expande o grupo de pesquisadores talentosos, trazendo nova perspectiva e criatividade”, disse An Verhulst-Santos, a presidente da L´Oréal Brasil, em seu discurso.
Em seu discurso no evento, a diretora e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto, destacou que existe um hiato entre homens e mulheres nas carreiras científicas. Segundo ela, é preciso estimular o que a Organização chama de fatores motivadores para que mais mulheres ingressem nesta área de atuação.
“É preciso incentivar programas de mentoria e de estímulo, desde cedo, que reconheçam e prestigiem o talento. O prêmio Mulheres na Ciência é um exemplo, do qual a UNESCO no Brasil se orgulha de ser parceira. Falar de mulheres na ciência em pleno século 21 deixou de ser apenas um imperativo ético ou civilizatório, e se tornou um imperativo do desenvolvimento. O mundo precisa de mais mulheres nas ciências, mais engenheiras, mais químicas, mais físicas, mais biólogas, mais mulheres na tecnologia da informação”, afirmou.
O presidente da ABC, Luiz Davidovich, acompanhado da presidente da L´Oréal Brasil, An Verhulst-Santos, e de Marlova Jovchelovitch Noleto, representante da UNESCO no Brasil.
Para o presidente da ABC, Luiz Davidovich, a premiação colocou em evidência a força das mulheres na ciência brasileira. Ele defendeu que os trabalhos apresentados foram de grande interesse e serviram para reforçar a esperança no futuro do país. “Eu acho que nos tempos difíceis que atravessamos, essa cerimônia foi uma luz que ilumina o futuro, uma luz de esperança na ciência brasileira, esperança no país”, declarou Davidovich.
Desenvolvido pela L’Oréal Brasil em parceria com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o prêmio tem o objetivo de premiar as pesquisas de mulheres no ambiente científico, reconhecendo anualmente sete jovens pesquisadoras por seus trabalhos em diferentes áreas.
Ganhadora na categoria Matemática, Jaqueline Mesquita representou as sete vencedoras no palco para o agradecimento. “Nos comprometemos a fazer deste prêmio nosso combustível para contribuirmos significativamente com o desenvolvimento de uma ciência de ponta e mais inclusiva em nosso país, para trazermos perspectiva, esperança e formação de qualidade para as futuras gerações.”, disse ela à plateia.
O evento também contou com um debate que discutiu a importância da mulher na ciência e formas de envolver jovens estudantes para a carreira científica. Participaram do debate a reitora da UFRJ, Denise Carvalho; a diretora da ABC, professora da UFRGS e laureada do programa internacional For Women in Science em 2013, Márcia Barbosa; e a professora da UFJF, Zélia Ludwig.
“Ser reconhecida pelo programa foi uma tremenda oportunidade para que eu pudesse aproveitar todos os espaços que me deram para falar não só de ciência, mas também de mulheres. É imprescindível que sempre que alguém for decidir quem contratar ou indicar para uma vaga, pensar se não tem nenhuma mulher capaz para exercer o papel. Isso permite a diversidade”, disse a física Márcia Barbosa no debate.
Conheça mais sobre as 7 cientistas vencedoras da 14ª edição do “Para Mulheres na Ciência” em https://www.paramulheresnaciencia.com.br/