Após a manhã focada no uso de sistemas de monitoramento da Amazônia e a homenagem ao Acadêmico e ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Galvão, à tarde, os palestrantes do seminário “Sistemas de Monitoramento de Uso e Cobertura da Terra” se ocuparam das demais aplicações desses sistemas em terras brasileiras. O evento aconteceu em 4 de setembro, na sede da ABC, no Centro do Rio de Janeiro.

Os palestrantes da primeira mesa e o Acadêmico Carlos Nobre.

Antes do encerramento com a discussão final e as conclusões, foram realizadas mais duas mesas redondas. Da primeira, participaram Luiz Aragão, chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto do INPE; Britaldo Soares Filho, coordenador do Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (CSR/UFMG); e Washington Franca Rocha, coordenador do Mapbiomas Árida.

Segundo Aragão, com as mudanças na cobertura da terra e o risco de intensificação de secas, a Amazônia deve gradualmente perder sua funcionalidade. No entanto, ele afirma que o Brasil tem conhecimento suficiente para elaborar soluções a partir da melhoria da gestão no uso dos sistemas de monitoramento, promovendo assim a alta produtividade, a estabilidade ecoclimática e o desenvolvimento socioeconômico.

“O Brasil é o país mais preparado para liderar o mundo na implementação de um modelo de gestão moderno e alternativo, rumo ao desenvolvimento sustentável”, defendeu o representante do INPE.

Tratando sobre a adequação ambiental das cadeias da soja na Amazônia e pecuária do Mato Grosso, o coordenador do CSR/UFMG destacou o papel da política no movimento contra o desmatamento e a favor do desenvolvimento sustentável. Ele defendeu que as cadeias de produtos agrícolas livres de desmatamento deveriam ser política de Estado, e que essas políticas públicas deveriam estar baseadas na melhor ciência produzida, no Brasil e no exterior.

Os palestrantes da segunda mesa e o Acadêmico Adalberto Val.

Na segunda mesa, estiveram presentes Ricardo Rodrigues, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da Universidade de São Paulo (LERF/USP); Laerte Ferreira, do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG); e Bernardo Rudorff, diretor executivo do Agrosatélite.

Encerrando a sua apresentação, Rodrigues estabeleceu qual deveria ser o diferencial da agricultura brasileira, e mais uma vez a sustentabilidade se fez presente no seminário, como objetivo para alcançar o desenvolvimento do país: agropecuária sustentável praticada em paisagem de elevada diversidade natural.

A gravação completa das mesas redondas está disponível na página da ABC no Facebook. Para assistir, clique aqui.

 

Veja como foi a primeira parte do evento:

ABC realiza seminário sobre sistemas de monitoramento da terra em sua sede

Evento, ocorrido em 4 de setembro, teve parte de sua programação focada na Amazônia e ainda contou com uma homenagem ao Acadêmico e ex-diretor do INPE, Ricardo Galvão.

 

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