O Prof. Tundisi e a Profª. Örmeci.

Localizada no interior de São Paulo, a cidade de São Carlos sediou, entre 19 e 23 de agosto, o curso “Água, saneamento e saúde”. A atividade foi promovida pelo Grupo de Trabalho em Segurança Hídrica de São Carlos, e contou ainda com o apoio do Grupo de Estudos em Recursos Hídricos da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e do Programa de Águas da Rede Interamericana de Academias de Ciências (Ianas). A coordenação ficou a cargo do Prof. José Tundisi e da Profª. Banu Örmeci, ponto focal do Canadá no Programa de Águas de Ianas.

O curso teve a participação de 50 pessoas, entre alunos da Escola de Engenharia e professores da Universidade de São Paulo (USP), técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), técnicos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), técnicos da vigilância sanitária, de São Carlos e de outras secretarias municipais.

Eles foram divididos em cinco grupos de trabalho, para discutir e preparar projetos sobre os seguintes temas: tratamento descentralizado de esgotos; tratamento de água e tratamento de esgotos; controle das perdas de água; suprimento de água e gerenciamento integrado de bacias hidrográficas; e produção de água de baixo carbono. No dia 23, o último da atividade, os grupos apresentaram seus resultados em forma de seminário.

Os participantes do curso reunidos com o Prof. Tundisi e a Profª. Örmeci.

Durante a semana, a Profª. Örmeci visitou a estação de tratamento de águas de São Carlos, a estação de tratamento de esgotos e uma fazenda que utiliza práticas ecológicas para restauração de florestas e tratamento de esgotos. Pesquisadora da Carleton University, no Canadá, Örmeci é doutora em engenharia civil e ambiental pela Duke University, nos Estados Unidos. Seus interesses de pesquisa incluem desinfecção de água e efluentes, destino e sobrevivência de microrganismos através de processos de tratamento, remoção de contaminantes químicos da água e processos de tratamento de lodo.

A atividade resultou em dois encaminhamentos principais: o estímulo do uso de água potável tratada pela população, ao invés da água mineral; e a formação de um grupo de trabalho para tratar o lodo gerado pela estação de tratamento de esgotos e transformá-lo em adubo. “Isto proporcionará uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões por ano para o SAAE”, relatou o Prof. Tundisi. O grupo será desenvolvido por meio de parceria entre a SAAE, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Inovação e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).