Para discutir de forma ampla, democrática e suprapartidária, a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) como Política de Estado em Santa Catarina, foi realizada Audiência Pública no dia 20 de junho (quarta-feira), às 9h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Participaram os presidentes da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), e Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), respectivamente, Luiz Davidovich, Ildeu de Castro Moreira e Sérgio Gargioni.

Em 2017, a Secretaria Regional da SBPC em Santa Catarina deu início a uma articulação envolvendo diferentes setores ligados à ciência no estado, no intuito de buscar saídas para a crise sem precedentes que atinge os sistemas brasileiro e catarinense de CT&I. Acompanhando um movimento nacional que vem sendo liderado pela ABC e SBPC, a Secretaria abriu canais de diálogo junto aos poderes executivo e legislativo e, paralelamente, começou uma série de reuniões abertas na capital e no interior, que congrega as principais instituições de ensino e pesquisa de cada região, além de outras organizações representativas da sociedade catarinense.

O objetivo não se restringe a discutir a crise. Santa Catarina, por suas características sociais, geográficas e econômicas, precisa assumir um papel de liderança também no desenvolvimento científico do país. É necessário unir forças com outras organizações, propor uma política de estado arrojada, transparente e permanente de fomento à pesquisa, tanto básica quanto aplicada, em todas as áreas do conhecimento.

As principais preocupações e demandas foram registradas em documento e todos os presentes da Audiênciaforam convidados a assiná-lo. Posteriormente, o documento será encaminhado aos futuros candidatos ao governo do estado, bem como aos candidatos da esfera legislativa.

Em entrevista para o Jornal da Tarde, da Alesc, Davidovich afirmou que o país precisa de uma agenda nacional de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Destacou a contribuição da ciência catarinense para o Brasil, especialmente em ciência básica, medicina, saúde, biologia e agricultura, ressaltando que quando há problemas no financiamento de CT&I num estado como o de Santa Catarina, a questão deixa de ser local e se torna nacional.

O presidente da SBPC, Ildeu Moreira, esclareceu que a restrição orçamentária a que o país está submetido atimge setores fundamentais da ciência brasileira e que, no caso de Santa Catarina, que tem a inovação como carro-chefe da economia, os cortes estão gerando grandes problemas.

Veja destaques da Audiência no Jornal da Tarde: