No auge dos seus 102 anos de história, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) está sempre comprometida em atuar pelo desenvolvimento intelectual e social do Brasil. Por isso, a ABC tem concentrado esforços pela ampliação da representatividade feminina dentro e fora da instituição. Os números de membros mostram essa mudança. Nos últimos 10 anos, o percentual de mulheres como membros titulares subiu de 10%, em 2007, para 14%, em 2017, quando houve a última cerimônia de titulação. Enquanto isso, entre os membros afiliados, a participação é de 21%.
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O presidente da ABC, Luiz Davidovich, lembra que a Academia mantém iniciativas para que esses números sigam crescendo. Umas delas é a participação no Prêmio L’Oréal-Unesco-ABC Para Mulheres na Ciência, que premia grandes cientistas mulheres e busca também dar visibilidade à questão, atraindo jovens para a carreira científica.

“Particularmente, acredito que essa presença feminina na Academia deve ser aumentada e temos reunido esforços para isso. Precisamos fazer pleno uso da quase metade da população mundial – que é composta por mulheres – e que tem muito a contribuir para a ciência e inovação tecnológica no Brasil”, ressaltou Davidovich.

No contexto global, as Academias dos Estados Unidos, Alemanha e França têm números bastante parecidos com os da ABC. Na The National Academy of Science (EUA), a presença feminina chega a 17%. Na Academia de Ciências da Alemanha-Leopoldina (Ale), o percentual é de 12%. Já no Institut de France, que reúne as Academia de Ciências da França, o percentual é de 10%.