A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Academia Nacional de Medicina (ANM) enviaram na segunda-feira, 8 de janeiro, carta ao Presidente da República Michel Temer, onde se posicionam contra a recente decisão de suspensão e diligência dos Programas de Residência Médica nos Hospitais Universitários Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Pedro Ernesto, pertencente à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
No documento, os presidentes da ABC, Luiz Davidovich, e ANM, Jorge Alberto Costa e Silva, ressaltam que “veem com profunda preocupação o que está ocorrendo com os Programas de Residência Médica nessas que se constituem nas duas maiores instituições públicas de ensino superior no Estado do Rio de Janeiro”.
As academias pedem ainda que “sejam tomadas providências pelo governo federal – em especial pelo Ministério da Educação, Comissão Nacional de Residência Médica e Ministério da Saúde – e estadual, para mitigar a suspensão das atividades das Residências Médicas, etapa fundamental para a especialização médica”. Por fim, os presidentes lembram que “a História e a população não perdoarão uma grave omissão como essa”.
Confira a carta na íntegra.
Na semana passada, a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) decidiu por suspender novas seleções de residentes nos hospitais universitários da UFRJ e Uerj. A CNRM é coordenada pelo Ministério da Educação (MEC) e conta ainda com representação do Ministério da Saúde e de entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), além de um médico docente em instituição de ensino superior pública,
De acordo com o MEC, os processos seletivos estão suspensos até que as instituições resolvam as pendências ou firmem protocolo de compromisso com as adequações que permitam a formação nas especialidades. Por meio de nota divulgada à imprensa, o ministério informou que a CNRM realizou visitas de supervisão após receber denúncias de residentes relacionadas com o atraso no pagamento de bolsas e com a diminuição das atividades e materiais para prática médica, prejudicando assim o ensino e a aprendizagem.
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