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O árduo trabalho de cientistas na busca por soluções que podem salvar vidas muitas vezes pode parecer impenetrável ou de difícil acesso para a maioria da população. Mas a exposição “Mundos Invisíveis – Mostra de Arte Científica Brasileira”, que o Museu do Amanhã e a Artbio inauguram, em 26 de setembro, quer provar que essa barreira pode ser rompida pela arte. O monumental universo microscópico, invisível a olho nu, será apresentado em 24 obras, com arranjos, padrões, volumes, formas e cores de forte apelo estético. Diversas técnicas foram utilizadas para criar as telas, como a microscopia eletrônica de varredura, que consegue fazer ampliações de até 300 mil vezes com boa resolução. A exposição ficará em cartaz até 7 de janeiro de 2018, no Museu do Amanhã.
Com curadoria do ex-membro afiliado da ABC Stevens Rehen (2008-2012), a exposição será inaugurada no dia 26 de setembro, no Museu do Amanhã (RJ).O resultado é uma surpreendente radiografia de nosso universo interior: um fígado que mais se parece com uma árvore; uma concentração de células que lembram um jardim asiático ou partículas de substâncias químicas que remetem ao formato de uma flor.
“Esses documentos técnicos de grande importância para o desenvolvimento da ciência podem ser considerados autênticas expressões artísticas contemporâneas com poder de criar imediata conexão com a sociedade”, diz De Aquino, um dos coordenadores da ArtBio, um coletivo multidisciplinar cujo objetivo é celebrar a ciência e a arte como instrumentos de transformação.
Com “Mundos Invisíveis”, o Museu do Amanhã reitera seu compromisso de levar a ciência ao grande público, traduzindo, explicando, tornando o assunto coisa “de todo mundo”. O Museu e a Artbio entendem que compartilhar o valor estético e educativo dessas obras é reconhecer a importância dos trabalhos em curso nos laboratórios do Brasil, potencializar o debate científico e instigar novos talentos.
“Com essa exposição, o Museu também homenageia o trabalho científico feito em importantes instituições brasileiras, que enfrentam muitas vezes recursos escassos e enormes dificuldades”, afirma Leonardo Menezes, gerente de Exposições do Museu do Amanhã.
Desde 2014, parte do acervo da Artbio está disponível no site na Open Gallery do Google Cultural Institute tendo alcançado mais de 150.000 visualizações de 120 países. Conheça mais sobre o trabalho.