Na última quarta-feira, 5 de abril, o Grupo de Estudos sobre Ciências Básicas do Projeto Ciência para o Brasil, da Academia Brasileira de Ciências, reuniu-se na sede na ABC para discutir o que já havia sido elaborado e definir os próximos passos. Estavam presentes os coordenadores do grupo, Belita Koiller e Glaucius Oliva, os integrantes André Báfica (via Skype), Débora Foguel, Félix Soares, Lívio Amaral e Marília Goulart, e a técnica responsável, Fernanda Wolter.

Os Acadêmicos iniciaram a reunião debatendo sobre os quatro primeiros capítulos do documento, que apresenta o cenário das ciências básicas, sua importância e as propostas para este setor, que é estratégico para o desenvolvimento do país.

O primeiro capítulo, intitulado “O papel das ciências básicas para a riqueza das nações” e escrito pelos Acadêmicos Débora Foguel e André Báfica, introduz o tema, define o termo e comenta impactos que a ciência tem para o sociedade, como a utilização de, equipamentos e práticas que são resultado de pesquisa científicas, por exemplo lasers, vacinas ou as novas tecnologias da informação.

No segundo capítulo, escrito por Félix Soares e José Reinaldo Lopes, é apresentada a relação entre o Estado e a ciência básica. Sob o título de “O papel central do Estado no financiamento da pesquisa básica”, o texto aprofunda-se no contexto dos investimentos feitos na área, no Brasil e no exterior.

Nos terceiro e quarto capítulos, redigidos por Belita Koiller e Marília Goulart e Glaucius Oliva e Lívio Amaral, respectivamente, discute-se a interdependência entre a pesquisa básica e inovação, além de definir quais são as fronteiras estratégicas do conhecimento para o Brasil nas diferentes áreas da ciência.

Após discussão e ajustes no documento, os participantes prosseguiram para a elaboração do quinto e último capítulo, focado em apresentar propostas para os caminhos das ciências básicas no país, focando em como aumentar o protagonismo da ciência no Brasil e o do Brasil na ciência. Foram discutidos tópicos que abrangem do ensino básico à pós-graduação e também assuntos como o financiamento, a divulgação e popularização da ciência.

Na reunião, ficou acordado que era necessário reforçar as áreas nas quais o Brasil já é líder e fomentar, principalmente, o ensino básico da ciência. “Com a nova reforma, o país vai na contramão do avanço no ensino das ciências básicas”, comentou o Acadêmico Lívio Amaral.