Professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marco Aurélio Ramirez Vinolo atribui aos colegas de curso e professores a atual paixão pela ciência. Graduado em farmácia e bioquímica e doutorado em fisiologia humana, todos pela Universidade de São Paulo (USP), Vinolo hoje coordena o Laboratório de Imunoinflamação.

Marco Aurélio conta que escolheu o curso de graduação em farmácia por avaliar que a área cumpriria a função de unir duas de suas matérias preferidas, biologia e química. Após uma palestra que explicava as características do curso e as atividades profissionais, soube que seria farmacêutico. Dentro do universo acadêmico, destacou os professores Rui Curi e Primavera Borelli como grandes influenciadores de sua trajetória e, fora dele, sua mãe, que sempre o apoiou e estimulou para estar na área da pesquisa científica.

Filho de desenhista de maquinário industrial e funcionária pública, Marco Aurélio viveu a infância na capital de São Paulo, se dividindo entre o colégio – onde gostava muito de português e, é claro, biologia e química – e as brincadeiras preferidas, pipa e futebol, sempre com amigos, já que não teve irmãos.

Já na USP, iniciou desde cedo a atividade de pesquisa com a iniciação científica e assim se manteve por cinco anos de graduação, se envolvendo sempre em diferentes projetos de pesquisa, muitos deles no laboratório da Prof. Primavera Borelli, além de projetos de extensão. Seguiu direto para o doutorado, sob a orientação do professor Rui Curi, no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e realizou ainda intercâmbios e outros estágios nos EUA, Irlanda e Inglaterra, além de um pós-doutorado no próprio ICB da USP e parte das atividades de pesquisa em institutos de pesquisa da Inglaterra.

A pesquisa que Vinolo conduz hoje busca entender a participação de produtos do metabolismo bacteriano (ácidos graxos de cadeia curta) nas ações de microorganismos comensais ou patogênicos sobre o nosso organismo. Os resultados da pesquisa podem levar ao desenvolvimento de novos fármacos e intervenções terapêuticas que atuem tanto sobre as nossas células como sobre os microrganismos com os quais interagimos.

Além da ciência, Vinolo também é amante também de heavy metal e do escritor peruano Mario Vargas Llosa e, quando viaja, procura sempre conhecer a cultura do local que está visitando e praticar atividades e passeios relacionados a ecoturismo.

A titulação dada pela Academia foi recebida por ele como um sinal de reconhecimento pelo seu trabalho e, claro, uma honra. Como membro afiliado (2016 – 2020), pretende articular relações com os outros Acadêmicos, sempre produzindo em prol da ciência, que significa, para ele, “a possibilidade de descobrir novos horizontes e de ter liberdade de escolha e caminhos para atingir os nossos objetivos”.