Com o objetivo de somar esforços aos projetos anunciados pelo governo do estado do Rio de Janeiro para o combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) lançou, no final de dezembro, edital intitulado Programa Pesquisa em Zika, Chikungunya e Dengue no Estado do Rio de Janeiro – 2015. A iniciativa poderá ser ampliada com esforços e apoio financeiro de outros órgãos públicos, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério da Saúde (MS) e/ou do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap). O montante inicial de recursos alocados no edital é de R$ 10 milhões, a serem repassados ao longo de dois anos e as inscrições vão até o dia 14 de janeiro.

O presidente da Faperj, Augusto Raupp, destaca que os trabalhos e resultados a serem alcançados com a iniciativa não deverão terminar ao final da vigência do edital. “O conteúdo do programa prevê, ao término do trabalho de pesquisa, a possibilidade de transferência de tecnologia para empresas, que poderão, assim, dar continuidade a essas iniciativas”, disse.
O edital deverá apoiar o estudo das três arboviroses – zika, chikungunya e dengue – abrangendo diversos aspectos, como fisiopatologia das doenças, seus aspectos clínicos, diagnóstico, epidemiologia, interação vetor-vírus, ecologia dos vetores envolvidos, controle e monitoramento de vetores, desenvolvimento de kits-diagnóstico e divulgação científica. Os recursos financeiros poderão ser utilizados para o estabelecimento e melhoria de infraestrutura e despesas de custeio previstas em projetos apresentados por pesquisadores com vínculo empregatício/funcional com instituições de ensino e pesquisa do estado do Rio de Janeiro. Serão formadas até oito redes, congregando grupos de pesquisadores com reconhecida competência nos temas listados, com a finalidade de auxiliar na prevenção, diagnóstico e tratamento, e que possibilitem a aplicabilidade clínica e a adoção de ações públicas para a melhoria da qualidade de vida da população fluminense.
As propostas serão analisadas em duas etapas: na primeira, o proponente deverá encaminhar um pré-projeto, descrevendo a originalidade, objetivos e metas a serem atingidos, além de uma breve estimativa dos itens financiáveis. Na etapa seguinte, as propostas deverão apresentar as eventuais modificações sugeridas pelo Comitê Gestor da Faperj e apresentar orçamento detalhado e justificado dos itens imprescindíveis à realização das atividades previstas.