Elisa Brietzke, pós-doutora em psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), decidiu investigar a fundo o transtorno bipolar – doença caracterizada por alterações de humor, que atinge 1 a 2% da população mundial – para oferecer uma melhor qualidade de vida aos portadores da doença. A pesquisa da cientista está em fase de andamento e estuda o impacto de uma possível desregulação do sistema imunológico, especificamente da ativação da reação inflamatória na progressão do transtorno bipolar.
Graduada em medicina e mestre em clínica médica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Britzke estuda a possibilidade de o transtorno bipolar causar envelhecimento celular e imunológico e tenta desenvolver medicações que possam combater estes efeitos.
Nos últimos cinco anos, a cientista produziu mais de 80 artigos sobre os efeitos físicos e sociais do transtorno bipolar. Para ela, o Prêmio LOreal para Mulhere na Ciência fará a diferença no desenvolvimento do projeto. “Será um grande reforço para minha pesquisa e é um reconhecimento aos alunos que trabalham comigo e meus colegas de laboratório”, reconhece. “Este investimento certamente será aplicado na melhoria de vida dessas pessoas”, afirma.