A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) lançou, este ano, o Prêmio Roberto Santos de Mérito Científico, cujo intuito é reconhecer o trabalho realizado pelos pesquisadores que contribuem para o desenvolvimento do estado, além de estimular o exercício da pesquisa científica. O escolhido pelo Comitê de Busca formado para este fim foi o Acadêmico Mauricio Lima Barreto, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e da Fiocruz/Bahia.
Barreto foi o escolhido entre nove candidatos, indicados por meio de uma Consulta Pública aos pró-reitores de pesquisa das universidades baianas (federais, estaduais e particulares sem fins lucrativos), aos diretores dos institutos de pesquisa na área de Ciências da Vida sediados no estado e aos pesquisadores do CNPq atuantes na área. A Comissão que decidiu pela premiação do professor Barreto foi composta por Paulo M. Buss e pelos também Acadêmicos Esper A. Cavalheiro e Francisco M. Salzano, e ratificado pela Diretoria Executiva da Fapesb.
Como critérios para escolha do premiado, a Comissão analisou a produção científica, a publicação dos resultados em artigos científicos, livros e capítulos de livros; a preocupação com a formação de recursos humanos, especialmente em nível de pós-graduação; e o reconhecimento por seus pares, através de sua classificação como Bolsista de Pesquisa do CNPq, bem como prêmios e honrarias recebidos em sua carreira.
A premiação aconteceu no final de agosto, durante a solenidade de aniversário da Fapesb, que completa 14 anos. Barreto dedicou o prêmio à sua família e agradeceu aos colegas e às instituições que fizeram parte de sua trajetória como pesquisador. Ele falou sobre a responsabilidade gerada pelo prêmio e de sua relação com o professor Roberto Santos, presidente da Academia de Ciências da Bahia (ACB): “É uma honra receber esse prêmio, mas é uma responsabilidade à medida em que ele vai ser dado todos os anos. Como ninguém recebeu antes de mim, não posso falar sobre meus antecedentes, mas queria falar sobre a pessoa que dá nome a esse prêmio e dizer a Roberto Santos que agora estamos vinculados, não tem mais jeito, seu nome vai estar em meu currículo”, brincou.
O professor Barreto contou sua história acadêmica e lembrou seus anos de convívio com Roberto Santos na Escola de Medicina da UFBA. Tendo entrado precocemente no mundo da pesquisa científica, Barreto falou sobre seu prazer em ser pesquisador: “Acho que a liberdade do pensamento é uma grande característica da investigação. O direito e a liberdade de pensar são conquistas pelas quais devemos prezar bastante”.