
Na carta, a SBPC alerta que restringir a concessão de bolsas “exclusivamente” a “projetos de pesquisa com foco de intervenção na realidade das atividades relacionadas ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das políticas públicas e da administração do Estado do Rio de Janeiro” engessa as atribuições e limita a atuação da Faperj. Com isso, diz a SBPC, exclui o principal objetivo de uma fundação de amparo à pesquisa, qual seja fomentar o progresso científico e tecnológico em todas as áreas do saber – incluindo demandas espontâneas de pesquisadores -, que é a base do desenvolvimento sustentando nas vertentes econômica, social e ambiental.
A SBPC alerta também que o financiamento para fins exclusivos do interesse da administração pública (como proposto no PL 3282/2014) limitará o desenvolvimento de projetos de pesquisa básica que servem de sustentáculo para o real desenvolvimento tecnológico. Além disso, a contribuição científica do Estado do Rio de Janeiro não se limita a questões regionais, mas sim resulta em benefícios importantes para todo o País e para o mundo.
“A SBPC se manifesta totalmente contrária à aprovação do Projeto de Lei 3282/2014. Temos certo que, quanto mais aberta estiver para a ciência mundial, mais qualificada a Faperj estará para contribuir com as políticas públicas e com a administração do Estado do Rio de Janeiro “, destaca Helena Nader na carta.
Leia as cartas na íntegra: ao governador e ao deputado.