O ex-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Clélio Campolina Diniz, foi empossado em 17 de março, no Palácio do Planalto, pela presidente Dilma Rousseff, como ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação. Na mesma cerimônia, tomaram posse titulares de outras cinco pastas do governo federal.
Ministro Clelio Campolina Diniz recebe cumprimentos da Presidenta Dilma Rousseff
(foto: Giba/ASCOM-MCTI)
Campolina reforçou a necessidade de dar sequência às atividades de Marco Antonio Raupp à frente do ministério. “Quero dar continuidade ao trabalho que está sendo feito e ampliá-lo”, declarou o novo ministro. “Essa é a delegação que recebi da Presidência da República, para colocar o Brasil no padrão das fronteiras científicas e tecnológicas mundiais dentro de um médio prazo.”
Antes de tomar qualquer posicionamento, Campolina planeja ouvir a equipe do Ministério e a comunidade científica nacional. “Vamos imediatamente conversar com todos os órgãos ligados ao MCTI, a Academia Brasileira de Ciências, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, o conjunto dos reitores brasileiros e outras pessoas que militam nas instituições de pesquisa, porque uma decisão dessa natureza precisa ser legitimada”, disse.
Para Dilma, assim como os outros gestores, Campolina tem muito a contribuir ao governo com sua experiência profissional. “O ministro Clélio Campolina sai de um bem-sucedido mandato como reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, que se destaca pela internacionalização e pela sua pós-graduação, cujos cursos estão entre os mais bem conceituados da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]”, destacou a presidente.
Gratidão
A presidenta agradeceu, ainda, aos ex-ministros Marco Antonio Raupp (MCTI), Aguinaldo Ribeiro (MCidades), Antônio Andrade (Mapa), Gastão Vieira (MTur), Marcelo Crivella (MPA) e Pepe Vargas (MDA). “A esses parceiros de jornada, que hoje se afastam do governo, desejo sorte e sabedoria em seus novos desafios”, afirmou. “Obrigada pela dedicação ao país, pela lealdade e pela determinação com que enfrentaram, junto comigo, todas as situações difíceis.”
Dilma recordou parte da contribuição prestada pelo antecessor de Campolina, que comandava a pasta desde janeiro de 2012. “Há ministros que decidem buscar novos desafios inerentes às suas atividades, como é o caso do meu querido companheiro Marco Antonio Raupp, físico e matemático competente, renomado cientista, que esteve ao meu lado nos últimos anos”, comentou.
Sob a coordenação de Raupp, nas palavras da presidenta, o governo federal deu “amplo estímulo à política de inovação no país”, ao implementar a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e lançar o Plano Inova Empresa, “um programa que, além do expressivo número de recursos, R$ 32 bilhões, acelerou o processo de aprovação de projetos”.
Cerimônias de transmissão dos cargos
Em cerimônia no Ministério da Educação (MEC), no mesmo dia, o novo ministro deixou de ser reitor da UFMG e deu posse ao engenheiro Jairo Ramírez. A cerimônia de transmissão de cargo de Raupp para Campolina ocorreu posteriormente, no Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
Na ocasião, Raupp fez seu discurso de despedida, no qual agradeceu à ABC e SBPC “pelo apoio e também pelas cobranças, sem as quais corremos o risco de ficar paralisados”. Manifestou seu sentimento de dever cumprido, “tanto sob uma perspectiva pessoal, como cientista e cidadão, e também – principalmente – sob uma perspectiva institucional. As metas colocadas para o nosso trabalho estão sendo cumpridas”. Ele destacou os principais pontos de sua gestão, como pode ser visto na íntegra do discurso. Ao final, Marco Antônio Raupp foi aplaudido de pé por cerca de um minuto.
Sobre o novo ministro
Economista e reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina dirigiu a Faculdade de Ciências Econômicas (Face) e o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da UFMG – dos quais é professor titular aposentado -, bem como o Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTEC). Integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) do governo federal.
Campolina é graduado em engenharia mecânica e em engenharia de operação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Especializou-se em desenvolvimento e planejamento pelo Instituto Latino-Americano e do Caribe de Planejamento Econômico e Social (Ilpes), ligado à Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal).
Tem mestrado e doutorado em ciência econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutorado na Universidade de Rutgers, dos Estados Unidos.
Como docente e pesquisador, Campolina atua principalmente nos seguintes temas: economia regional, desenvolvimento econômico, economia da tecnologia, economia brasileira e economia de Minas Gerais. Publicou mais de 100 trabalhos no Brasil e no exterior. Saiba mais sobre a atuação acadêmica e acesse o currículo Lattes do economista.