Nossas crenças e convicções são lapidadas pelo nosso aparato sensorial. Nossa capacidade de perceber a realidade, longe de fazer uma fiel tradução do mundo que nos cerca, destaca certos aspectos enquanto praticamente omite outros. Nossa memória, ao invés de honesta armazenadora de experiências passadas, ressalta certos elementos e assim praticamente reescreve a história segundo certas conveniências. Nossa crença em fatos e possibilidades é assim decorrente de ilusões e mesmo assim é capaz de mudar o mundo e mudar a nós mesmos.
Até onde podemos usar essa característica para a auto-cura de doenças? Até onde podemos usá-la para criarmos um mundo melhor?
O Acadêmico Luiz Eugênio Mello tratará desse tema em palestra a ser realizada no dia 11 de novembro, às 19h, no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, situado à rua Visconde Silva, 52, 3º andar, em Botafogo, no Rio de Janeiro
Médico e professor titular da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, com mestrado e doutorado nesta universidade e pós-doutorado na Universidade da Califórnia em Los Angeles, Mello é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, detentor da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e atual diretor global de Tecnologia da Vale S.A. Seu grupo de pesquisa estuda a plasticidade no cérebro envolvendo temas como sono, mecanismos da acupuntura e regeneração após lesões, com aplicações para o tratamento de doenças como epilepsia, esclerose lateral amiotrófica e dependência de drogas.