
Elias avaliou que a crise mundial só será superada através de conhecimento, ciência e tecnologia. Para tanto, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as variáveis decisivas são educação, infraestrutura, ciência básica e ciência aplicada. Os países desenvolvidos, de acordo com o secretário, passaram por esse processo de investimento em ciência, tecnologia e inovação para chegar onde estão hoje. “O Brasil precisa passar por essa etapa para alcançar um novo patamar de desenvolvimento, internacionalizando nossa economia.”
Após a série de palestras programadas para o dia 13, aconteceu no final da tarde a Sessão Magna, conduzida pela coordenadora do Comitê Organizador local Ghissia Hauser, secretária adjunta da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul (SCT), que agradeceu a participação das secretarias de C&T do Paraná e de Santa Catarina, além das fundações de amparo à pesquisa – Fapesc, Fapergs e Araucária (Paraná).
Ghissia Hauser, o diretor científico da Fapergs José Miguel Reichert,
Helena Nader e Jacob Palis

Helena Nader e Jacob Palis



“O Fórum Mundial de Ciência é uma oportunidade ímpar de colocar o Brasil no centro da ciência internacional. Só o fato dele ser realizado no Brasil implica nisso, demonstra respeito internacional pela ciência brasileira”, apontou o presidente da ABC, Jacob Palis. Ele relatou que o Comitê Organizador do Fórum Mundial reconheceu o Brasil como uma potência emergente em nível científico, um país que está adquirindo um status de primeira linha na ciência internacional. E destacou que a presença brasileira nos fóruns internacionais de CT&I – inclusive em todas as edições do Fórum Mundial de Ciências desde o seu início, em Budapeste, no ano de 1999 – contribuiu muito para a construção dessa imagem. Palis explicou que a Academia de Ciências da Hungria sempre organizou o Fórum Mundial, que tem uma estrutura padronizada. “Por isso esses Encontros Preparatórios são importantes, não só porque promovem o Fórum Mundial, mas porque consolidam nossas posições. É a força científica brasileira se colocando no nível internacional.” Ele acrescentou ainda que haverá um número expressivo de brasileiros como palestrantes do Fórum Mundial, o que também foi uma conquista.
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e Acadêmica Helena Nader creditou a Palis a vitória de trazer o Fórum para o Brasil. “Jacob lutou muito junto ao Pálinkás, presidente da Academia Húngara, e com sua determinação conseguiu convencê-lo que para ter mais repercussão o Fórum deveria sair da Hungria para outros países e que a primeira saída fosse o Brasil”, contou Helena. Ela também reforçou a importância dos Encontros Preparatórios promovidos pelo MCTI, que estão fazendo ecoar pela sociedade o Fórum Mundial. “Num país de dimensão continental como o Brasil, isso é fundamental. Nós somos o celeiro do mundo e temos que manter a floresta em pé. É uma responsabilidade imensa, da qual só daremos conta com muita ciência, tecnologia e inovação.”