O quinto episódio da série foi ao ar em 22 de março de 2013. Contando, mais uma vez, com o depoimento do diretor da ABC Iván Izquierdo – neurocientista e professor da Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul (PUC/RS) – o primeiro tópico abordado foi a influência das diferentes atividades – profissionais e físicas – na ativação da memória. Para exemplificar, são citados os exemplos do ator Murilo Rosa e da professora Elvira Souza Lima. “Todas as memórias são associativas. A memória é um fato associativo”, afirma Izquierdo. Para ler o perfil do Membro Titular da ABC, clique aqui.
Na matéria, também é apresentado o caso do Colégio Porto Seguro, em São Paulo, cuja metodologia utiliza-se de fundamentos da neurociência. Um desses fundamentos é transformar o aluno em protagonista: “Você consegue não prestar atenção quando você é o centro das atenções? Não. Usar atividades em que o aluno faça algo, produza alguma coisa, colabore com os outros, é fundamental. Uma das melhores maneiras de aprender é, justamente, ensinar”, afirma Tracey Espinoza, especialista em educação e neurociência.
Outra descoberta da neurociência, fundamental para aprendizagem, é a importância do sono. De acordo com o doutor em neurociência pela Universidade de São Paulo (USP) Fernando Louzada, há provas de que o cérebro continua muito ativo durante o sono. Além disso, ele afirma que essa atividade é essencial na consolidação da aprendizagem. Se o estudante não dormir bem, não vai conseguir prestar atenção na aula, e ninguém aprende sem estar atento. Uma pesquisa da Fundação Americana do Sono revela que 60% dos adolescentes sentem sono de manhã. “O ideal seria o turno único, começando 9h, 10h, com atividades mais lúdicas, porque a maioria dos seres humanos é vespertina”, afirma Roberto Lent, neurocientista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Membro Titular da ABC. Para conferir o perfil de Lent, clique aqui.
Com o objetivo de aprimorar o desempenho de seus atletas, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) assinou um convênio com o laboratório de neurociência do esporte da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Hoje, basicamente, os tenistas reclamam da ansiedade e concentração. O nosso trabalho é em cima da concentração, que seria a tensão, e tem a ver com memória de trabalho, com tomada de decisão. Em todos os equipamentos, a gente monitora as funções executivas”, diz Emílio Takase, especialista em neurociência aplicada ao esporte.