Representantes de empresas mineiras, pesquisadores e gestores da área de Ciência, Tecnologia e Inovação reuniram-se na última sexta-feira (22) em um workshop realizado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Escola de Engenharia da Universidade, em parceria com a Fapemig e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o evento buscou incentivar o diálogo e a identificação de gargalos no relacionamento entre academia e empresa.
Essa é a segunda edição do workshop. Em sua fala, durante a cerimônia de abertura, o presidente da Fapemig, Mario Neto Borges, destacou a importância do investimento em CT&I por parte do empresariado e falou sobre as ações do governo para promover a inovação. O superintendente de Desenvolvimento Empresarial da Fiemg Sérgio Augusto Lourenço completou dizendo que hoje, há um grande esforço em promover essa aproximação, e que isso não é mais obstáculo. “O problema, agora, é entender qual o papel de cada um e o que se esperar como resultado. O empresário não tem aversão ao risco – ele tem aversão à falta de resultados”, disse.
Mario Neto Borges (Fapemig); Acadêmico Evaldo Vilela, secretário adjunto de CT/MG; Jacob Palis, presidente da ABC; Benjamin Menezes, diretor da Escola de Engenharia da UFMG; Sérgio Lourenço (Fiemg)

Ao longo do dia, representantes de empresas e instituições ligadas à promoção da inovação falaram sobre exemplos e problemas. Também foram apresentados o trabalho de Israel com projeto de inovação e desenvolvimento local e a experiência russa com clusters. Durante o debate, os presentes lembraram a importância de uma legislação adequada para as atividades de CT&I – o que se espera ser resolvido com o Código Nacional de CT&I – e saudaram o Plano Inova Empresas, pacote de inovação recém anunciado pela presidente Dilma Roussef que prevê investimentos da ordem de R$33 bilhões para a área.
O tema será retomado em setembro, durante o 3º Workshop Academia Empresa, a ser realizado na Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Outras informações serão divulgadas posteriormente na página da Unifei e também no portal da Fapemig.
Experiência mineira

No workshop, o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig José Policarpo Gonçalves de Abreu falou sobre os programas de suporte à inovação da Fundação. Ele destacou a mudança de orientação da agência mineira, que incluiu a palavra “inovação” no nome de sua diretoria e, com isso, destacou o trabalho que já vinha sendo feito com as empresas do Estado. Ele destacou as modalidades da Fapemig de apoio à inovação, como o programa Mestres e Doutores na Empresa, o apoio aos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e o apoio às incubadoras.
O diretor citou como exemplo as parcerias firmadas com a Vale e com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), ambas casos de sucesso de aproximação entre academia e empresa. Ele finalizou destacando a visão moderna e o esforço da Fundação para desburocratizar seus processos e encontrar novos caminhos para incentivar o desenvolvimento científico e social do Estado.