O trabalho vencedor da 12ª edição do Prêmio Péter Murányi, área Educação, foi o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Trata-se de um projeto de inclusão social que prepara alunos de escolas públicas para ingressar nos cursos de graduação da instituição em pé de igualdade com os demais. Os autores deste projeto receberão um prêmio no valor de R$ 200 mil reais, durante uma cerimônia a ser realizada no dia 23 de abril próximo, em São Paulo.
O projeto foi escolhido entre três finalistas por um júri composto por 24 integrantes, que se reuniu na tarde da última sexta-feira (22/2), na Sala do Conselho do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo. Os finalistas foram indicados por uma Comissão Técnica e Científica, responsável pela análise de todos os trabalhos que concorreram ao Prêmio. No total, participaram do certame 85 trabalhos, que foram encaminhados por 72 instituições de pesquisa, sendo 64 do Brasil e oito de outros países da América Latina.
“A cada ano o trabalho da Fundação Péter Murányi é mais rico, amplia sua capacidade de divulgação, de unir projetos de altíssima qualidade”, destacou Hernan Chaimovich Guralnik, vice-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), um dos integrantes do júri. Ele elogiou o processo de seleção adotado pela Fundação. “A escolha da comissão julgadora, a cada ano, é mais espetacular. Essa edição mostrou que não faltam talentos no Brasil e que a Fundação consegue captar projetos de alto nível e pessoas competentes para apresentá-los ao júri”, disse ele numa referência ao trabalho da Comissão Técnica e Científica, formada por Claudia Maria Costin, secretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, e Sonia Teresinha de Sousa Penin, pesquisadora e professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).”Os três projetos são fantásticos e fiquei satisfeito com o resultado porque o Estado de São Paulo discute, nesse momento, a universalização do acesso ao sistema de universidades públicas. E o vencedor é um projeto de inclusão pró-ativa”, destacou. “O prêmio ajuda a população a entender do que estamos falando na prática: o que é inclusão, seus limites, necessidades e mecanismos”, concluiu.
Além do representante da ABC – uma das entidades que apoiam o Prêmio – estiveram presentes representantes de diversas instituições como o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães; o diretor das áreas de Engenharia, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Sales Soares de Azevedo Melo; a diretora executiva da Fundação Victor Civita, Angela Danneman; a diretora vice-presidente da Fundação Carlos Chagas, Gloria Maria Santos Pereira Lima; o presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp), José Eduardo Krieger; a diretora da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Regina Pekelmann Markus; a pró-reitora de Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Maria José Soares Mendes Giannini; e o presidente da Comissão de Relações com o Poder Judiciário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Braz Martins Neto, entre outros.
Finalistas
Além do projeto vencedor, os outros finalistas foram: as três coleções didáticas, publicadas Fapemig, de autoria da professora emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Magda Becker Soares, que contribuiu com o avanço das pesquisas e práticas de ensino/aprendizado da Língua Portuguesa; e o projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB), política pública de formação docente com uso de tecnologias de informação e comunicação, aplicada em todo o País entre 2005 e 2010.
Sobre o Prêmio
O Prêmio Péter Murányi, gerido pela Fundação de nome homônimo, visa reconhecer a contribuição de pessoas físicas ou jurídicas, entidades públicas ou particulares, de qualquer parte do mundo, que se destaquem por suas descobertas inovadoras e práticas focadas no desenvolvimento e no bem-estar social das populações em desenvolvimento.
O prêmio é concedido anualmente e de modo alternado para pesquisadores em quatro áreas: educação, saúde, alimentação e desenvolvimento científico & tecnológico. O tema da próxima edição, cujas inscrições deverão ser abertas a partir de maio de 2013, será na área da saúde.
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