Se, para a comunidade científica e tecnológica, o volume dos investimentos concedidos pela FAPERJ vem crescendo de forma significativa nos últimos cinco anos e meio, a expansão chega agora às dependências da Fundação. Nesse período, foram lançados cerca de 140 editais, que totalizaram um volume de recursos de mais de R$ 1,5 bilhão para pesquisas. Da mesma forma, a Fundação deixou de ocupar apenas o sexto andar do edifício Estácio de Sá, que foi todo reformado, como também metade do quinto andar, passando de uma área de 1000m2 para 1500m2. A inauguração oficial das novas instalações foi realizada nesta quinta-feira, 24 de maio, com a presença do secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, do presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, da presidente do Conselho Superior da FAPERJ, Albanita Viana de Oliveira, dos diretores e chefes de departamentos da Fundação e ainda, de personalidades importantes do meio acadêmico e científico do Rio de Janeiro.

Jacob Palis, Ruy Marques, Alexandre Cardoso e Luiz Edmundo Costa
Leite

Para Alexandre Cardoso, o sucesso do governo estadual, no que diz respeito ao notório avanço da ciência, tecnologia e inovação fluminenses, se deveu à gestão focada na articulação entre agências de fomento, universidades e instituições de pesquisa. “A verba é resultado dessa articulação política, mas é fundamental que a comunidade científica esteja envolvida no processo e trabalhe para solucionar problemas que afligem a população, como, por exemplo, o saneamento básico e o trânsito.” O secretário ressaltou ainda que, à medida que os projetos financiados vão apresentando resultados, o fomento continuado se torna uma política intrínseca a qualquer governante que assuma o posto.
De acordo com o presidente da FAPERJ, Ruy Garcia Marques, mais do que apenas ampliar as dependências da Fundação, as obras realizadas foram pensadas para readequar o espaço físico de modo a atender o número crescente de processos em tramitação e ampliar a eficiência nas práticas da instituição. Ruy Marques destacou que a expansão física da Fundação será acompanhada também da criação de novos setores – como o de cooperação internacional, propriedade intelectual e patentes, e o de avaliação e acompanhamento dos projetos contemplados, a ser implementado brevemente. “O acompanhamento do que foi financiado com os recursos da FAPERJ é uma obrigação nossa. Temos que saber em que estamos aplicando esses recursos e que resultado isso vem trazendo”, ressaltou. Esse crescimento é paralelo a um grande aumento no número de atividades desenvolvidas pela Fundação, com o lançamento de inúmeros programas, orientados segundo o interesse da comunidade científica e tecnológica, e do desenvolvimento ambiental, econômico e social do estado.
Ruy Marques também falou da expansão do quadro funcional: “A FAPERJ, em seus quase 33 anos de existência, a se completarem no próximo dia 26 de junho, pela primeira vez em sua história realizou um concurso público para preenchimento de cargos administrativos. Estávamos numa situação em que a maioria dos poucos funcionários existentes tinham tempo de serviço praticamente igual ao da existência da FAPERJ, muitos à beira da aposentadoria. Após o concurso público, 45 novos funcionários já foram contratados e outros estão em vias de serem efetivados”.
O assessor de planejamento e gestão da FAPERJ, Alfredo Coutinho, um dos responsáveis pela idealização e acompanhamento da obra, que ficou à frente de toda a reforma, explica o que mudou: “Antes, o processo com a cópia do projeto ia e vinha de diferentes setores, distantes fisicamente entre si. Agora os setores de decisão estão agrupados em um local, os de assessoria científica em outro etc. Já os setores satélites, como o jornalismo, recursos humanos, informática e a sala de arquivos, ocupam o quinto andar.” Para identificar os projetos com resultados mais promissores, Coutinho explica que será feita uma linha do tempo de cada pesquisador para acompanhar o progresso dos projetos financiados. “A princípio, faremos uma análise retroativa com os projetos apoiados desde 2007, ao mesmo temos dos projetos que estão sendo financiados em 2012. Nesse primeiro momento, tudo será feito de forma manual. Mas, em um futuro próximo, esse planejamento será on-line, com a vantagem de que os próprios pesquisadores poderão adicionar novos resultados, mesmo depois do prazo dos projetos.”
A área que mais cresceu, tanto em espaço físico quanto em pessoal, foi a auditoria interna, responsável por direcionar a prestação de contas dos pesquisadores. Segundo o chefe do setor, Moacir Almeida do Nascimento, em 2007, eram apenas quatro pessoas trabalhando e, hoje, já são 11. “O nosso espaço físico também cresceu consideravelmente, o que proporciona um atendimento mais rápido e de maior excelência aos pesquisadores que aqui comparecem.”
No final da cerimônia, depois de descerrar a placa indicativa de conclusão das obras de ampliação e reforma do espaço físico da FAPERJ, o secretário Alexandre Cardoso, acompanhado de Ruy Marques, conheceu as salas e setores reformados da Fundação. Estiveram presentes, prestigiando a ocasião, muitos dos membros do Conselho Superior da Fundação, o subsecretário estadual de C&T, Luiz Edmundo Costa Leite, o reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Luiz Pedro Jutuca, o ex-reitor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e presidente da Fundação Estadual Norte Fluminense (Fenorte), Almy Junior, os pró-reitores de pesquisa e pós-graduação da Uerj e UniRio, Mônica Heilbron e Ricardo Cardoso, respectivamente, membros da Academia Nacional de Medicina, dentre eles o professor Sérgio Aguinaga, e o ex-reitor da Uerj e ex-presidente da FAPERJ, Antônio Celso Alves Pereira, entre muitos outros.
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