Juan Laclette (México), Detlev Ganten (Alemanha), Eduardo Krieger (Brasil), Lucilla Spini (Itália), Jo Boufford (Estados Unidos), Marcos Cortesão (Brasil), Sevket Ruacan (Turquia), Lai-Meng Looi (Malásia), Mario Stefanini (Itália), Dominique Lenoble (França), Muthoni Kareithi (Itália), Jan Lindsten (Suécia) e Alvaro Moncayo (Colômbia)
Em maio, a Academia Brasileira de Ciências sediou o Workshop Regional sobre Doenças Não-Transmissíveis, cujo foco foi doenças cardiovasculares e câncer. Organizado pelo Painel Médico Interacademias (IAMP, na sigla em inglês), pela Associação Latinoamericana de Academias Nacionais de Medicina (ALANAM), pela Rede Interamericana de Academias de Ciências (IANAS, na sigla em inglês), pela Academia Nacional de Medicina (ANM) e pela ABC, o evento foi precedido pela reunião do Comitê Executivo do IAMP, que acontece a cada seis meses.
O representante da ALANAM e da Academia Colombiana de Ciências, Alvaro Moncayo, explicou que o IAMP é uma associação das Academias de Medicina do mundo e, atualmente, engloba 69 membros, unidos pela ideia de promover a ação dessas academias nos seus países. “Os participantes são, geralmente, conselheiros dos governos em saúde pública e ensino da medicina”. Para Moncayo, um dos principais objetivos do encontro foi o fortalecimento do IAMP através da contínua interação com outros organismos governamentais, além das Academias mundiais. “Os membros do Comitê Executivo são representantes das Academias da Itália, da Suécia, da Malásia, dos Estados Unidos, da Colômbia, do Brasil, entre outros. Essa cooperação entre todos os continentes é muito importante estimular as ações de cada uma e promover a integração entre as Academias.”
A co-presidente do IAMP e presidente da Academia de Medicina de Nova Iorque, Jo Ivey Boufford, agradeceu a acolhida por parte da ABC e explicou que a reunião “tratou da nossa agenda e das parcerias, além dos planos futuros para um programa especial que estamos patrocinando este ano – o Young Physician Leaders.” Segundo Boufford, foi pedido que as Academias de Medicina nomeassem um médico jovem com capacidade de liderança que pudesse ser selecionado para um programa global.
No que tange às parcerias, foram discutidas ações integradas do IAMP com a IANAS e a ALANAM e a forma de se trabalhar conjuntamente em questões relacionadas à saúde. “Conversamos, por exemplo, com o professor Juan Pedro Laclette, que é co-presidente da IANAS e é da Academia Mexicana de Ciências, sobre como ampliar a cooperação com a Rede e intensificar nossa união em relação aos interesses regionais, buscando uma parceria entre as Academias de medicina e ciência da região, de modo a desenvolver os programas globais”, declarou Boufford.
Lai-Meng Looi, também co-presidente do IAMP e membro do Conselho da Academia de Medicina da Malásia, observou que a lista de temas abordados era extensa, envolvendo desde a obtenção de financiamento para projetos até questões internas e a organização do orçamento. “Discutimos projetos que vêm sendo implementados em termos de capacitação de profissionais, além de questões como saúde mental e o progresso que podemos obter através da colaboração com outras Academias, faculdades de medicina e outros.Também fizemos planos para outros encontros, como o World Health Summit, que acontecerá em outubro, em Berlim”, informou, destacando que o objetivo primordial foi unir esforços em torno das questões relacionadas à saúde.
De acordo com Eduardo Moacyr Krieger, representante do Brasil no IAMP, ex-presidente da ABC e membro da ANM, o Comitê Executivo buscou analisar o que está sendo feito para fortalecer o papel das Academias em cada país. “Devemos aumentar a capacidade delas de atuar como assessoras no sistema de saúde nacional. Para isso, é preciso que sejam reconhecidas.” Krieger afirmou que a ideia é estimular as Academias a atuarem junto ao IAMP, em âmbito global, mas também que busquem maior interação em redes regionais: “Uma das ideias é aproximar a rede de medicina da rede das Academias de Ciências das Américas – a IANAS, que já funciona muito bem, pois as Academias de ciências são mais ativas e organizadas”. O ex-presidente da ABC declarou que o resultado foi extremamente positivo: “A reunião foi , certamente, um sucesso.”