O presidente do Grupo Light, Jerson Kelman, apresentou, no dia 30 de junho, a palestra A interação da Light com as universidades e centros de pesquisa, durante o 2o Simpósio Academia-Empresa da ABC. Kelman tem graduação e mestrado em Engenharia Civil pela UFRJ e doutorado em Hidrologia e Recursos Hídricos pela Universidade do Estado do Colorado (EUA).
O presidente disse que a Light investe num programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que é muito valorizado dentro da instituição. “O plano estratégico da Light envolve inovação, comunicação, gestão, entre outras áreas”, destacou.
O programa tem, atualmente, uma carteira de cinco projetos em andamento. Dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2010, 71% foram destinados à pesquisa aplicada. “Os temas prioritários envolvem meio ambiente, qualidade e confiabilidade, supervisão e controle e proteção”, exlicou Kelman, acrescentando que 33% são destinados às parcerias com centros de pesquisa e 43% são para as universidades.
Segundo ele, o Rio de Janeiro tem um grande problema de furto de energia e, por isso, a instituição investe 25% no desenvolvimento de tecnologias de combate às perdas. “No ano de 2010, 45% dos investimentos de P&D foram dedicados ao combate às perdas e medição de energia”, apontou.
Resultados obtidos
Paralelamente ao investimento em P&D, Kelman relata que também aumentou o investimento em capacitação profissional: formaram-se nos últimos anos 24 mestres, um doutorando e 30 pós-graduandos lato sensu. No que tange aos produtos, entre 2000 e 2012, foram totalizados 12 pedidos de patentes, sendo seis de medição de energia. “Firmamos também duas parcerias comerciais de produtos desenvolvidos”, ressaltou o presidente da Light.
A partir da preocupação com P&D, vieram as noções de sustentabilidade. A Light tem veículos elétricos, desenvolve um trabalho na área de preservação de espécies, aplica o ciclo de carbono em reservatórios, entre outros. O presidente informou que a empresa se concentra, hoje, na solução dos problemas com as redes subterrâneas. “Monitorar isso não é trivial. E mais ainda: o acesso é difícil. Nosso programa de P&D está focando isso”, finalizou.