O Acadêmico Carlos Alfredo Joly, membro da coordenação do Programa BIOTA-FAPESP e diretor do Departamento de Políticas e Programas Temáticos (DPPT) da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), e o Programa BIOTA/FAPESP serão homenageados hoje, segunda-feira 06/06, às 20 horas, pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em uma sessão solene dedicada ao Dia do Meio Ambiente, comemorado no domingo (5/6).

O objetivo da sessão solene, proposta pelo deputado Dilmo dos Santos (PV), é homenagear iniciativas e pessoas que contribuíram para a produção de conhecimento sobre a biodiversidade e para o aperfeiçoamento da legislação ambiental do Estado de São Paulo.

De acordo com Joly, o BIOTA-FAPESP se destacou, em seus 12 anos de existência, por ajudar a entender o funcionamento dos ecossistemas e os serviços ambientais que eles prestam à sociedade, além de produzir conhecimento científico capaz de contribuir com a orientação de políticas públicas de conservação da biodiversidade.

“Trata-se de mais um reconhecimento de que o BIOTA-FAPESP ultrapassou os limites da academia e realmente atingiu a sociedade como um todo, permitindo o avanço da legislação ambiental estadual e uma maior conscientização da importância da conservação da biodiversidade no Estado”, disse à Agência FAPESP.

Uma das mais recentes aplicações dos mapas produzidos pelo BIOTA-FAPESP para a orientação de políticas públicas foi a elaboração de um Ato Normativo do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), que estabelece as prioridades de atuação do Ministério Público Estadual no que diz respeito à identificação e repreensão das atividades causadoras de degradação ambiental no Estado de São Paulo.

Os dados da primeira fase do programa serviram de base ainda para diversas outras aplicações, como o fornecimento de uma ferramenta à Secretaria de Agricultura para o zoneamento agroambiental para o setor sucroalcooleiro e uma resolução da Secretaria do Meio Ambiente que determinou que a autorização para supressão de vegetação nativa em território paulista deve se basear no mapa Áreas Prioritárias para Incremento para Conectividade.

Outros três mapas temáticos elaborados com dados obtidos no âmbito do Biota-FAPESP também foram incorporados para subsidiar ações de planejamento, fiscalização e recuperação da biodiversidade pela Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo.

O programa também estabeleceu, em 2007, uma parceria com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para desenvolver ferramentas que garantam a qualidade dos dados gerados pelos sistemas de monitoramento do sistema aquático paulista.