O padre e cientista Jesus Santiago Moure faleceu na manhã de sábado, dia 10, em Batatais, interior de São Paulo, aos 97 anos de idade. Padre Moure trabalhou na área de entomologia, especializando-se no estudo de abelhas. Além disso, dedicou-se ao desenvolvimento e expansão da ciência no Brasil, tendo participado da criação da SBPC, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Foi também um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Curitiba, que mais tarde seria integrada à Universidade do Paraná, federalizada em 1950. Trabalhou no Museu Paranaense, instituição mantida pelo governo do Estado do Paraná, do qual seria diretor.
Em 1961, ingressou na Academia Brasileira de Ciências (ABC), da qual recebeu o Prêmio Costa Lima, em 1970. Também recebeu as condecorações de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, em 1995, e da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, em 1998.
Em 2006, recebeu também o Diploma de Pesquisador Emérito, como parte das comemorações dos 55 anos do CNPq, entidade que ajudou a fundar.
A Academia lamenta a perda do cientista e cumprimenta a família.