O geneticista Helder Nakaya, ex-afiliado da ABC, concedeu entrevista para a Folhinha, caderno da Folha para crianças, sobre o porquê das diferentes cores de pele entre as pessoas. Confira!

Quando se arruma para sair, Valentina C. N. M., de 7 anos, gosta do que vê no espelho. “Minha cor de pele me ajuda a ficar bonita porque ela combina com a minha roupa”, explica.

É uma cor especial, que Valentina lembra que compartilha com sua avó e com a Pequena Sereia do filme que vai estrear este ano. “Tem também uma menina que trabalha no jornal, e ela é bonita, ela chama Maju, eu acho”, acrescenta, falando sobre a apresentadora Maju Coutinho, do programa Fantástico.

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Em meio a tantas opiniões importantes, chamamos também um médico para explicar com mais detalhes afinal de contas como é definida a cor de uma pessoa quando ela ainda está sendo preparada na barriga da mãe.

Com a palavra, Helder Nakaya, cientista do Hospital Israelita Albert Einstein: “A cor da pele nada mais é do que a quantidade de pigmentos que há nela, principalmente a melanina. E o que importa não é só a quantidade de melanina, mas a forma como ela é distribuída pelo corpo. Com isso, é possível produzir um espectro grande de cores de pessoas”.

Nakaya explica que dentro de cada um de nós há uma espécie de manual de como somos feitos. “É o livro da vida, que é escrito através de uma linguagem chamada DNA”, conta.

Neste manual, diz o médico, há instruções sobre como todas as características do bebê serão construídas na gestação — entre elas está a cor da pele, que vai receber mais ou menos melanina a depender do que as células reprodutivas da mãe e do pai definirem quando se encontrarem.

“É como se fosse um livro de receitas!”, se empolga o doutor Nakaya. “E saiba que essa receita da cor da pele não fica pronta assim que você nasce. A gente tende a nascer com menos pigmento, e ao longo da vida vai acumulando.”

“Também existem crianças que nascem com uma diferença genética, uma receita diferente e mais rara, que faz com que esse pigmento não vá ser produzido. São os albinos, que podem nascer em qualquer família, e que vão ser bem branquinhos, de olhos e cabelos claros.”

“Biologicamente, ter muito pigmento é bom, porque protege a pele do sol”, ensina Nakaya. “O pigmento é importante para a saúde, e tê-lo em grande quantidade deveria ser um motivo para as pessoas ficarem felizes.”

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