Está claro que a prioridade zero para os primeiros meses do governo eleito deverá ser o combate à miséria. Se antes havia pessoas em situação de rua, hoje são famílias inteiras vivendo de maneira indigna nas cidades do país. Não há urgência maior do que atender imediatamente aos 33 milhões de brasileiros que passam fome. Mas a solução duradoura para essa crise humanitária passa pela reestruturação da educação e da ciência dentro de uma verdadeira política de Estado.

Com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), renasce a esperança de que, nestes anos finais do primeiro quarto do século 21, voltemos a considerar educação e ciênciacomo investimento estatal, não como meros gastos. A Academia Brasileira de Ciências faz coro com o restante da comunidade acadêmica para afirmar que é urgente recuperar o orçamento dessas que são as bases sobre as quais se erige a sociedade do conhecimento.

Para tomarmos o rumo de um crescimento econômico inteligente, inclusivo e sustentável, oos pesquisadores Mariana Mazzucato, da University College London (Reino Unido), e Caetano Penna, da Universidade de Tecnologia de Delft (Holanda), propõem uma política de inovação orientada por missões, capitaneada pelo Estado e em parceria direta com o setor privado.

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O combate à fome e o resgate da educação e da ciência devem andar juntos para não perdermos mais gerações inteiras de jovens. Devemos renovar nossos esforços para voltarmos a ter protagonismo na implementação da Agenda 2030 da ONU.

Trabalho decente e crescimento econômico, fome zero e erradicação da pobreza, educação de qualidade e redução das desigualdades. Todos estão no rol dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com os quais já nos comprometemos enquanto nação. Agora precisamos torná-los realidade.

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