A segunda semana do InnSciD SP + TWAS 2021, evento realizado em parceria entre a Escola de Diplomacia de Inovação e Ciência de São Paulo (InnSciD SP) da USP e a Academia Mundial de Ciências (TWAS), contou com a participação, no dia 10/8, do professor da Universidade de Manchester (Reino Unido), Simone Turchetti, e do professor do Instituto Max Planck (Alemanha), Roberto Lalli. A palestra abordou o uso das tecnologias na diplomacia científica e foi mediada por Pedro Figueiroa, presidente da Rede Latino-americana e Caribenha de Diplomacia Científica.

Turchetti, que não pôde comparecer, enviou um vídeo no qual explicava suas pesquisas sobre ciência e tecnologia como grandes desafios globais. O Neworld@a: negociating data exchange busca tornar o uso de dados o mais público possível e tão restrito quanto necessário, mas ainda tem dificuldade para atuar na América Latina. Segundo o professor, investir nessa área promove passos-chave para a melhora na diplomacia.

Para prosseguir com o tema, Lalli abordou a história da diplomacia científica e apontou quais tipos de estudos deveriam ser priorizados nesse contexto. Segundo ele, “os estudos adequados podem ser usados de forma efetiva para atingir os objetivos de desenvolvimento de uma sociedade”.

Lalli relembrou a importância da cooperação científica para que a hegemonia estadunidense pudesse ser instaurada. Com isso, enfatizou que “os dados precisam ser usados nas políticas governamentais”, mas não deixou de destacar os obstáculos dessa prática: “Lidar com as questões legais, éticas e políticas é tão desafiador quanto lidar com a produção de dados nas ciências sociais e humanidade”.

Para Lalli, a forma que um governo agiu durante a pandemia de COVID-19 está diretamente ligada ao uso (ou não) da base de dados disponíveis. “É necessário que a diplomacia científica promova, por meio de pesquisas e incentivo, instrumentos para integrar essa base”, finalizou.

Durante o tempo reservado para perguntas e comentários do público, uma espectadora do Brasil pontuou que a falta de estímulo na ciência e na publicação de estudos dificulta a implementação da diplomacia científica nos países latino-americanos.

O empenho e disposição para evoluir na área, no entanto, ficou caracterizada nos depoimentos e na participação do público no evento.


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