O Webinário da ABC do dia 11 de agosto, 19a edição da série “O mundo a partir do coronavírus”,  foi sobre COVID-19 E A INOVAÇÃO DE FÁRMACOS NO BRASIL.

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O reposicionamento de fármacos para o combate ao novo coronavírus, isto é, a testagem de medicamentos já utilizados contra outras doenças, tem sido, emergencialmente, o caminho mais usado nas pesquisas contra COVID-19, por ser potencialmente mais rápido e fácil – e, portanto, necessário. O outro caminho é o da inovação disruptiva, isto é, a descoberta e desenvolvimento de novas moléculas de ação direta e seletiva contra o Sars-CoV-2 e outros coronavírus. Esta é uma atividade fundamentada em ciência que o país necessita abraçar sem hesitações e que oferece uma oportunidade única para a indispensável integração público-privado.

Para debater o tema e relatar avanços na área, a Academia Brasileira de Ciências convidou:

  • Glaucius Oliva, membro titular da ABC, TWAS e ACAL. É professor Sênior do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Fármacos (CIBFar/Cepid/Fapesp). Lidera equipe multidisciplinar de pesquisa, voltada para o planejamento e desenvolvimento de novos fármacos, envolvida inclusive em projetos em colaboração com empresas farmacêuticas nacionais. Foi presidente do Conselho Nacional e Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de 2011 a 2015. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico do governo do Brasil. Ele tratou das estratégias do CIBFar-Cepid no desenvolvimento de fármacos contra a covid-19.
  • Eliezer Barreiro, membro titular da ABC. É professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde fundou o Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas (LASSBio) no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-UFRJ). Coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fármacos e Medicamentos (INCT-Inofar). Recebeu do governo brasileiro a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Vai tratar de aspectos do complexo processo interdisciplinar da inovação em fármacos, abordando o papel das suas disciplinas centrais, especialmente a química medicinal e sua vocação translacional. Ele abordou pesquisas do INCT-Inofar relativas ao combate da SARS-Co-V2.
  • Jaime Rabi, presidente e diretor da empresa Microbiológica desde 1994. Foi professor e pesquisador do então Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN, hoje IPPN) da UFRJ por 20 anos. Contribuiu com as bases do Programa Nacional de DST e Aids, liderando o desenvolvimento de antirretrovirais contra o HIV e participou no desenvolvimento do Sofosbuvir, componente essencial nas terapias curativas da hepatite C. Recebeu o Prêmio SBQ de Inovação Fernando Galembeck, da Sociedade Brasileira de Química. Ele falou sobre o reposicionamento de fármacos versus a inovação disruptiva e a necessidade da integração interdisciplinar de instituições públicas e privadas, visando a descoberta de novas moléculas de ação direta e seletiva para o combate ao novo coronavírus.

Os mediadores foram o presidente da ABC, Luiz Davidovich, e o vice-presidente da ABC para a região Sul, João Batista Calixto.


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