Evidências crescentes mostram que a vulnerabilidade de nossa sociedade a novas pandemias estão associadas às mudanças climáticas, biodiversidade e preservação de áreas naturais. Amazônia é uma área que é repositório de milhares de vírus e bactérias desconhecidas da ciência. Estes vírus e bactérias estão em equilíbrio na fauna e flora amazônica. Quando alteramos o ecossistema via desmatamento, mobilizamos estes patógenos, que entram em contato com nossa sociedade, podendo se disseminar rapidamente como o SARS-CoV-2.

Além disso, as mudanças climáticas são a próxima grande crise que teremos que enfrentar, com potenciais impactos socioeconômicos tão fortes quanto a pandemia COVID-19. Enquanto os impactos do COVID-19 podem durar de um ou dois anos, os impactos das mudanças climáticas serão distribuídos ao longo de muitas décadas. Não há vacinas contra as mudanças climáticas, e não podemos nos auto-isolar das mudanças climáticas.

A biodiversidade mantém a vida em certo equilíbrio em nosso planeta, e estamos alterando este equilíbrio com potenciais consequências para a saúde, produção de alimentos, equilíbrio climático e muitos outros impactos. Perda de biodiversidade e mudanças climáticas andam juntas, cada uma com seus efeitos sobre a saúde humana.

A Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) e a Universidade de São Paulo (USP), pela Pró-Reitoria de Pesquisa e pelo Instituto de Estudos Avançados, associam-se na organização deste ciclo de conversações virtuais sobre a construção de uma sociedade humana saudável, que permita às pessoas bem-estar físico, mental e social. O evento está marcado para o dia 28/5, às 15h, com transmissão a partir do link: http://www.iea.usp.br/aovivo

Abertura: Sylvio Canuto (Pró-Reitor de Pesquisa USP); Vanderlan Bolzani (Presidente da Aciesp e membro titular da ABC) e Guilherme Ary Plonski (Diretor do IEA)

Expositores: Carlos Alfredo Joly (Unicamp); Nelson Gouveia (FM e IEA USP) e Paulo Artaxo (Aciesp, IF e IEA  USP)

Instigador: Jean Paul Metzger (IB e IEA USP)