Leia a matéria de João Gabriel para a Folha de São Paulo, publicada em 15/5:

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, Antônio Carlos Lopes, mais do que a demissão do ministro Nelson Teich, nesta sexta (15), o problema será a escolha de seu sucessor no ministério.

“Ele [Teich] já entrou caído”, diz. Lopes esperava a queda de Teich, mais cedo ou mais tarde, por ele ter um perfil muito tímido, apesar de ser um nome com conhecimento técnico da área.

O ministro é o segundo a deixar a pasta da Saúde no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em meio à pandemia do coronavírus no Brasil. O primeiro foi Luiz Henrique Mandetta em 16 de abril último.

“Tem uma articulação política por trás de tudo”, diz o coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia, Sérgio Cimerman. Na sua leitura, houve um trabalho nos bastidores para tirar Teich do posto e tentar colocar alguém a favor da redução do isolamento social e o uso da cloroquina, ambas medidas defendidas por Bolsonaro.

Luiz Davidovich, presidente da Academia Brasileira de Ciências, defende que o Brasil não pode perder mais tempo no combate ao coronavírus e que sejam os políticos quem tomem as decisões, eles “não podem dar receita de remédio”.

“Não adianta gritar contra a ciência, porque ela se impõe, o autoritarismo não muda a ciência, esse é o exemplo histórico. Quantas mortes teremos que ter antes que se imponha a lucidez?” questiona.

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