O vice-presidente da ABC para a Região Norte, o biólogo Adalberto Luis Val, demonstrou sua preocupação com outros riscos que o desmatamento traz.

Falando sobre a riqueza da biodiversidade amazônica, Val destaca que existem na floresta muitas coisas que conhecemos, e já utilizamos várias delas em nosso benefício, como os peixes, as frutas, a madeira, várias espécies de cogumelos e diversos produtos utilizados na medicina tradicional para problemas que o homem da região enfrenta, entre outras.

Porém, nessa mesma floresta também existem diversas espécies de plantas, de animais, de fungos e de vírus que não conhecemos. “Precisamos estudá-los, conhecê-los, para saber o que é bom e utilizar, assim como descobrir do que devemos nos manter afastados, o que não é bom para o homem”,alerta.

Um bom exemplo dado por Val são os arbovírus: são mais de 500 as espécies de arbovírus da Amazônia conhecidas. Dentre elas, 150 sabidamentes são prejudiciais ao homem, causando especialmente doenças. “Por isso é que antes de mexer com o desconhecido da floresta é preciso que estudemos mais, para evitar colocar pessoas em contato com problemas contra os quais ainda não temos armas. Nesse momento de uma pandemia mundial causada por um único vírus, devemos nos proteger de vírus desconhecidos e, para tanto, preservar a floresta”, apontou o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Ele postou em seu Twitter um alerta para esse risco: