Leia matéria do Correio Braziliense, publicada em 3/12, com o Acadêmico Naercio Menezes Filho:

As perspectivas para educação e o mercado de trabalho não são positivas no longo prazo, porque o Brasil enfrenta problemas crônicos, como a desigualdade de oportunidades, e estruturais, como a estagnação da produtividade nos patamares de 1980, além de baixa qualidade do ensino e de aprendizagem.

A constatação é do professor Naercio Menezes Filho, titular da Cátedra Ruth Cardoso no Insper, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e da Academia Brasileira de Ciências.

Para justificar o pessimismo, o especialista apresenta vários dados. Numa comparação entre Brasil e Coreia, de escolaridade e produtividade, calculada pelo Produto Interno Bruto (PIB) por trabalhador, fica claro que o maior acesso à educação no país não representou ganhos produtivos no mercado de trabalho ao longo dos anos, ao contrário do que ocorreu na nação asiática. “De 1965 até 1980, dobramos a produtividade, mas não investimos em educação. De 1980 a 2010, o acesso à educação aumentou sem que representasse ganhos de produtividade, estagnada por 30 anos”, explica.
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Para mudar o quadro, Menezes diz que uma das medidas mais urgentes, para 2020, é reformular a gestão educacional no país. “É preciso ter um plano nacional de educação. Um sistema nacional de avaliação de forma que municípios, estados e o governo federal sentem-se juntos para organizar como vai funcionar a gestão da educação no país. Hoje, as coisas são muito desorganizadas, cada município decide a política que acha melhor. Então, é preciso ter uma coordenação maior entre todos os entes para melhorar a gestão. Especialmente no ensino médio, que é onde o gargalo se encontra”, assinala.

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