Leia artigo da Coalizão Ciência e Sociedade, que congrega 70 pesquisadores brasileiros, incluindo diversos Acadêmicos, especial para Direto da Ciência, publicado em 19/11:

Em uma série de episódios recentes, sempre que lhes pareceu conveniente, autoridades brasileiras lançaram dúvidas sobre resultados de pesquisas científicas, pesquisadores e as próprias instituições científicas. A negação de dados científicos bem fundamentados, frequentemente por meio da divulgação de informações erradas, e a interferência política nas instituições de pesquisa comprometem o processo de geração de conhecimento. Dessa forma, desprezam-se conhecimentos essenciais para compreender os complexos desafios de nossa sociedade nos dias de hoje, como desenvolver soluções para mitigar efeitos de mudanças climáticas, conservar espécies nativas, controlar novos surtos de doenças transmissíveis e buscar o desenvolvimento sustentável, entre muitos outros exemplos.

É estarrecedor que, como consequência desse ambiente, pesquisadores tenham optado por abrir mão da coautoria de um artigo científico sobre o aumento recente das queimadas no Brasil (no importante periódico científico Global Change Biology, 15 de novembro) e preferido manter-se no anonimato.

Qualquer sociedade democrática depende fortemente da contínua e livre geração e divulgação de conhecimento científico. Isto acentua a necessidade e a importância da manutenção da integridade científica. A Academia Brasileira de Ciências (ABC), em suas recomendações sobre a integridade científica, reforça a expectativa da sociedade de que os resultados das pesquisas científicas sejam honestos e reflitam de forma precisa o trabalho dos cientistas. O apoio da sociedade à ciência depende da confiança na integridade dos pesquisadores e na autonomia das instituições responsáveis pela realização e acompanhamento das pesquisas.

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